Por Fábio de Oliveira Ribeiro, publicado em Jornal GGN –
O judiciário impediu o PT de requentar Lula. A direita requenta o discurso anti-comunista para prejudicar Haddad e Manu. Portanto, resolvi requentar Raulzito porque as coisas não são bem assim. Onde o brasileiro vai eu também vou eu também vou, mas tudo acaba onde começou.
Nos últimos anos a delação premiada, que transforma mentiras em verdades e traz um montão de dinheiro, virou um verdadeiro credo evangélico ministrado pelo Pastor João que despacha no MPF.
Como a vovó dizia “quem não tem visão bate a cara contra o muro” e quem não tem eleitores encomenda um atentado. José Newton já dizia – aos tucanos – se subiu tem que descer.
Nos debates Boulos é a mosca que pousou na sopa dos adversários. Ele é a mosca que perturba o sono dos ruralistas e banqueiros e nem o PSDB consegue exterminar o candidato do PSOL.
Amigo fiel de Lula, Palocci foi escolhida para pregá-lo na cruz. Se não tivesse traído Lula, ele teria morrido cercado de luz.
Michel Temer afundou a economia. Portanto, quem tem um emprego é dito cidadão respeitável e ganha 4 mil cruzeiros por mês devia ficar contente. E já tem muita gente passando fome na cidade maravilhosa.
Lula serviu a pátria amada, foi de encontro ao azar, tirou onda de herói e virou cowboy fora da lei. Mas ele tem fé em Deus, vai tentar mais uma vez e nunca dirá que a canção está perdida.
A verdade do universo é a prestação que vai vencer. Portanto, já tem muito jurista de esquerda reclamando para vender livro de protesto contra a prisão de Lula. Ao meu lado o dicionário, cheio de palavras que eu sei que nunca vou usar.
Bolsonaro só faz confusão. Sonhei com ele e mijei no colchão. Amigo Nero Richa botou fogo no Paraná, com a mania de ser inventor. Mas como a história sempre se repete, de tanto feitiço ele se enfeitiçou.
Geraldo Alckmin, Amoedo, Meirelles, Marina Silva e Bolsonaro tem a mesma cantilena. Todos eles dizem “a solução pro nosso povo, eu vou dar, negócio bom assim ninguém nunca viu, tá tudo pronto é só vim pegar.” No fundo todos eles querem “dar lugar pros gringo entrar”, mas eles não precisam pagar nada.
O general vice de Bolsonaro teria feito melhor se dissesse que não queria bater continência para um capitão. Ao se rebaixar ele provou que o exército é o único emprego pra quem não tem nenhuma vocação.
Quando ganhar o carimbo no título de eleitor cada brasileiro poderá dizer “o maluco sou eu”. Se Bolsonaro ganhar ninguém mais poderá dizer que é dono do próprio nariz em Feira de Santana ou em Paris.