Reino Unido desaconselha vacina anti-covid para pessoas com “alergias significativas”

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Compartilhado de DW – 

No primeiro dia de imunização em massa, dois britânicos apresentaram efeitos adversos e estão em tratamento. Farmacêutica Pfizer defende seu produto, testado “do mesmo modo que qualquer vacina que está em circulação”.

Enfermeira e pacientes diante de cabines de vacinação
Campanha de vacinação é a maior da história do serviço de saúde estatal do Reino Unido

A agência reguladora de saúde do Reino Unido desaconselhou nesta quarta-feira (09/12) pessoas com histórico de reações alérgicas fortes de tomarem a vacina da Pfizer-Biontech contra a covid-19. Na véspera, o país iniciou a vacinação em massa contra a doença, e houve dois casos de efeitos colaterais adversos, exigindo tratamento.

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“Como é comum com novas vacinas, a MHRA (reguladora) recomendou, em caráter preventivo, que pessoas com um histórico significativo de reações alérgicas não recebam essa vacinação”, declarou Stephen Powis, diretor médico nacional do National Health Service (NHS) da Inglaterra.




Os dois pacientes pertencem ao serviço de saúde estatal, cujos membros estão entre os primeiros a receber o imunizante. Powis acrescentou que ambos estão se recuperando bem. A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA), um órgão regulador independente, explica que reações alérgicas “significativas” incluem aquelas a medicamentos, alimentos ou vacinas.

“Nenhuma etapa foi pulada”

Nesta terça-feira, milhares de britânicos tornaram-se os primeiros cidadãos do mundo ocidental a receber uma vacina anti-covid aprovada, na maior iniciativa de imunização da história do NHS, desde que foi criado, em 1948. A ministração será em duas doses, espaçadas de 21 dias.

O Reino Unido recebeu primeiramente cerca de 800 mil doses, e até o fim de dezembro conta-se com a chegada de 4 milhões, de uma encomenda total de 40 milhões. Entre os primeiros atendidos estão os maiores de 80 anos e pessoal de saúde e serviços sociais.

O diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, declarou compreender as apreensões globais quanto à rapidez com que as farmacêuticas produziram o imunizante contra o novo coronavírus, porém insistiu que nenhuma etapa foi pulada: o medicamento teria sido testado “exatamente do mesmo modo como estamos testando qualquer vacina que está circulando por aí”.

A empresa está informada pelo MHRA sobre as reações alérgicas no Reino Unido. No entanto, durante os testes da fase 3, com mais de 40 mil voluntários, a vacina foi “em geral bem tolerada, sem ressalvas de segurança sérias”, assegurou.

AV/afp,rtr

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