Repressão aos atos contra Temer retorna ao nível de 2013

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Publicado no Jornal GGN –

Quem participou do protesto na noite de segunda (29), na Avenida Paulista, em São Paulo, garante que a repressão policial da corporação sob o comando do governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou aos níveis de 2013, quando estudantes eram atacados com balas de borracha, bombas de efeito moral e outros artifícios para dispersar passeatas indigestas à classe política. Naquele ano, profissionais de mídia sairam gravemente feridos e manifestantes foram presos e processados em algumas capitais.




Segundo informações da página Mídia Ninja, o Fora Temer registrou suas primeiras prisões nesta terça (30), um dia após Dilma Rousseff ir ao Senado fazer sua defesa pessoal contra o processo de impeachment.

Na manhã de hoje, a página divulgou: “A Polícia de São Paulo acabou de prender três militantes do MTST que participaram das manifestações de hoje, além de uma quarta pessoa que apenas passava pelo local. Estão presos no 11 DP a militante Jussara Basso e os militantes Marcelo Lima e José Batista dos Santos. No 13 DP está preso Bruno Filipe Camacho. Estão sendo acusados de suposto dano ao patrimônio e os delegados dizem ter orientação de mantê-los presos, ainda que de forma totalmente arbitrária.”

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fecharam vias em São Paulo e no Rio Grande do Sul nesta manhã para protestar contra o impeachment, a retirada de direitos sociais pelo governo do interino Michel Temer e pela manutenção dos programas habitacionais.

Na capital paulista, um grupo bloqueou totalmente a Marginal Tietê, na altura da Ponte Casa Verde, zona norte, sentido Rodovia Ayrton Senna.  Os manifestantes atearam fogo em pneus. Outro ponto de bloqueio foi na Marginal Pinheiros, altura da Ponte Transamérica, zona sul, sentido Rodovia Castello Branco. O terceiro local bloqueado pelos protestos foi a Avenida Professor Francisco Morato, cruzamento com a Avenida Vital Brasil, zona oeste, em ambos os sentidos. O ato seguiu até o metrô Butantã, onde foi encerrado. Também houve registro de manifestações na Radial Leste, próximo à estação Itaquera do Metrô; na Avenida Jacu-Pêssego, próximo ao Rodoanel e à divisa com Mauá e também na Rodovia Régis Bitteencourt, em Taboão da Serra.

No Rio Grande do Sul, os manifestantes fecharam trecho da rodovia BR 290, em Porto Alegre.

Em São Paulo, as avenidas Francisco Morato e Vital Brasil também foram bloqueadas.

Ontem, o Fora Temer começou na Praça do Ciclista, na capital paulista, por volta das 18h20. A PM fez um bloqueio para evitar que os manifestantes chegassem ao prédio da Fiesp, a cerca de um quilômetro. Quando se aproximavam do prédio, pouco antes das 19h, os policiais começaram a repressão, justificada pelo fato e “não terem comunicado o trajeto”.

Após os jatos de água e as bombas, os manifestantes se dispersaram pela região. Parte deles seguiu pela Rua da Consolação em direção à Praça Roosevelt, no centro da cidade, e foram seguidos pela Tropa de Choque com bombas. “A maior repressão desde 2013”, comentavam jornalistas, às lágrimas causadas pelas bombas, segundo reportagem da Rede Brasil Atual.

Também foram registrados atos em Brasília e no Rio de Janeiro.

 

Foto da capa: Paulo Pinto/ AGPT

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