Rodrigo Zanc – trajetória de um violeiro

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Rodrigo é um cantador e compositor brasileiro, como tantos outros, que escolheu a viola como ferramenta para expressar seus sentimentos e anseios. Faz isso com responsabilidade e primor, interpretando canções do repertório regional e de sua autoria.

Por ser violeiro, em um primeiro momento, logo é associado a um cultivador da música caipira, o que sim, é verdade, pois ama e preserva suas raízes.




Mas este rótulo, além de reducionista, não define o conteúdo e a totalidade de sua criativa obra, que é muito mais dedicada à preservação da cultura brasileira como valor maior e encontra na viola seu instrumento de manifestação, sua principal ferramenta de trabalho para revelar que no país há muitos outros ritmos e sonoridades nos quais a viola pode pontear para além dos gêneros caipira e regional.

Almir Sater, Ivan Lins, o Rock Rural mineiro de Sá, Guarabyra e Zé Rodrix, entre outros, serviram de base para sua arte. E essa alquimia de sons e poesias fez surgir a música que Rodrigo Zanc gosta de levar ao seu público.

Conjuga uma arte autêntica, que transporta valores essenciais da cultura caipira, com cuidado e responsabilidade, ao mesmo tempo em que conversa harmoniosamente com o presente, com o moderno, tornando sua obra capaz de saciar qualquer geração.

 

ALGUNS DEPOIMENTOS

Rodrigo Zanc, mais que um intérprete de canções, é a expressão espontânea dos sentimentos. Quando canta uma canção que fala de saudade nos vêm à tona todas as saudades que temos acumuladas no peito. Quando canta a natureza nos arremessa para campos virgens, regatos puros e límpidos como o cristal, quando canta com alegria enche nossos lábios de sorrisos que há muito estavam encolhidos. Nos liberta das amarras emocionais e nos faz desejar sermos felizes. Rodrigo Zanc, homem do mato, da cidade, homem das cavernas desconhecidas do nosso coração.”

 Por Isaias Andrade – Escritor

 

“Rodrigo Zanc costuma cantar como quem declama ou transmite em orações, as raízes cultivadas em ambientes como o sítio do avô Juca, que inspirou canções como “Sítio Paraíso”, entre outras. E foi neste meio que experimentou o gosto, tanto das modas de viola, quanto de outros gêneros brasileiros, cujas bases permitiram formar uma visão de mundo que prega a simplicidade e a autenticidade, seja no dia a dia ou no trabalho artístico.”

 Por Marcelino Lima – Jornalista e blogueiro

 

É um Rodrigo maduro, qual o fruto. Repertório poético,

vocabulário vasto, arranjos sensíveis, voz arrebatadora.

Recuperador de raízes culturais, na toada da lida,

Rodrigo Zanc encontrou um admirável caminho estético.

De terra batida e cascalho, é claro.”

Por Rodrigo Brandão – Jornalista e publicitário – Sobre o CD Fruto da Lida.

 

RELEASE

Rodrigo Zanc

 Araraquarense, filho de pais e avós criados no sítio, aos oito anos Rodrigo iniciou estudos de violão, por influência do avô, Juca Teixeira. Aos 17 migrou definitivamente para a viola brasileira e, desde então, amadureceu pesquisando e desenvolvendo a própria identidade: um cantador liberto de rótulos e tendências, dono de voz marcante e de enorme carisma, atributos que somados à responsabilidade e ao profissionalismo com os quais baliza a carreira, levaram-no a se tornar nome de destaque na cena musical independente.

Rodrigo canta explorando a sonoridade da viola brasileira de forma moderna e singular. Quem ouve pela primeira vez suas letras que passeiam pelos temas do cotidiano urbano e por influências rurais, prontamente torna-se admirador. Estas marcas já eram presentes e cativava plateias nos inúmeros festivais dos quais participou para tornar sua obra conhecida. Dentre eles, destacam-se cinco edições consecutivas do “Viola de Todos os Cantos” (EPTV/GLOBO), conquistando prêmios importantes.

Com o lançamento do CD “Pendenga” (2006), a carreira artística ganhou o devido impulso. Rodrigo passou a apresentar uma identidade recheada de histórias, canções e “causos”. No repertório, canções inéditas com os parceiros Fernando Mori, Isaias Andrade e Murilo Romano. Trabalho que deixa evidente o desapego do artista com modismos e tendências constantemente impostos pelo mercado. O trato com as composições, as harmonias, os arranjos, a colocação da voz, nos remetem a um campo novo, belíssimo, porém pouco visitado.

Seus espetáculos, desde então, têm percorrido as inúmeras unidades dos circuitos SESC/SESI, bem como em eventos e festas promovidos pela Secretaria de Estado da Cultura, nos diversos municípios do interior de São Paulo. Já foi atração do CCBB (Circuito Cultural Banco do Brasil).

As andanças com o primeiro disco levaram-no à Europa, em 2010. Por aqui, proporcionaram a oportunidade de dividir o palco com grandes representantes da nossa música, como Pena Branca, Zé Mulato e Cassiano, Paulo Freire.

Destas experiências, extraiu inspiração e a motivação para lançar “Fruto da Lida”, em 2013. Álbum integralmente produzido por meio de Financiamento Coletivo (crowdfunding), conta com a participação de importantes compositores da Música Regional Brasileira e é recheado de histórias. Materializa a compilação de experiências vividas ao longo do “estradar” com a viola. Em 2014 o álbum foi selecionado para o 26º Prêmio da Música Brasileira.

Paralelamente à carreira, participa de outros trabalhos: integra o grupo vocal do “Projeto 4 Cantos”, com Luiz Salgado, Cláudio Lacerda e Wilson Teixeira. Na ativa desde 2011, realizaram shows em unidades do SESC São Paulo, com excelente repercussão, interpretando apenas canções autorais. Ganharam as bênçãos de Rolando Boldrin em agosto de 2013, chegando ao palco do “Sr. Brasil”, programa exibido há anos pela TV Cultura. Em 2014, o Projeto 4 Cantos realizou itinerância patrocinada pelo Governo do Estado de São Paulo, através do ProAC. Em 2018 o projeto foi selecionado para viajar com o Circuito SESC de Artes.

 

Também ao lado de Cláudio Lacerda, desde de 2010, forma dupla em shows de Tributo à Pena Branca e Xavantinho, com concorridas apresentações que incluem o auditório do antigo Cine Olido e o Teatro do SESC Pompeia em São Paulo.

 

Em 2016, além dos projetos já citados, Rodrigo produziu o show “Violas para Dominguinhos”, com o qual viaja até hoje. Neste, Zanc coloca todas as violas à disposição do mestre  apresentando sua leitura dessa importante obra. De um lado a autoralidade do músico e intérprete, de outro os surgimentos dos novos sentidos em canções que foram imortalizadas por Dominguinhos, sertanejo por natureza.

 

Em 2018 e 2019 participou como solista de voz no projeto “ConSertão”, idealizado pelo cantor e compositor, Cláudio Lacerda e realizado através do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC).

 

Em 2020 completa vinte anos de carreira e dará início a produção do terceiro álbum. Um trabalho conceitual, de canções inéditas, em parceria com o poeta e amigo, Isaias Andrade.

 

Durante a Pandemia idealizou e produziu o programa “Fogo & Viola com Rodrigo Zanc”, no seu canal do youtube, onde prepara receitas no fogão a lenha, conta e canta as histórias relacionadas as composições de seus dois álbuns. O programa é retransmitido pela TVE – São Carlos.

 

Artista convidado do 3º Festival de Artes Vale do Paraíba – Tributo à Pena Branca e Xavantinho, realizado pela Secretária de Cultura e Economia Criativa do estado de  São Paulo, através do ProAC.

 

DADOS COMPLEMENTARES

 

* Sócio-proprietário da empresa Rio Acima Produções Culturais

* Instrutor do SENAR-SP – Curso de Viola Caipira.

* Produção e direção musical dos CDs “Pendenga” e “Fruto da Lida”.

* 2011 – Criação e produção das trilhas de abertura do programa Ouro Fino em Campo.

* 2014 – Proponente e coordenador geral do “Projeto 4 CANTOS”, aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura no Programa de Ação Cultural (ProAC).

* 2015‐2016 – Membro do Conselho Municipal de Cultura da cidade de São Carlos.

* 2015-2017 – Membro do Conselho administrativo da OFSC – Orquestra Filarmônica de São Carlos.

* 2016 – Produtor e curador do projeto “Sotaques de Violas e Sanfonas”, realizado pelo SESC Araraquara.

* 2018 – Bacharelado em Linguística UFSCar – Universidade Federal de São Carlos (cursando)

* 2018 – Produtor e curador do projeto “Jovem Viola”, realizado pelo SESC São Carlos.

* 2018 – Proponente do Projeto Tributo à Pena Branca e Xavantinho, aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura no Programa de Ação Cultural (ProAC).

* 2019 – Produtor e curador do projeto “Jovem Viola”, realizado pelo SESC São Carlos.

* 2019 – Proponente do Projeto Memórias de Rolando Boldrin, o “Sr.Brasil, aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura no Programa de Ação Cultural (ProAC).

* 2020 – Proponente do Projeto Memórias de Rolando Boldrin, o “Sr.Brasil, aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura no Programa de Ação Cultural (ProAC).

* 2021 – Educador musical do Projeto GURI – Curso de Viola Caipira.

 

 

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