Ontem lí uma entrevista do Bresser Pereira, economista, intelectual, ex ministro do FHC, que deixou o PSDB a alguns anos acusando o ex-presidente de entreguista. Voltou para a esquerda e outro dia declarou voto na Dilma, com críticas, mas principalmente pelo compromisso do governo petista com os mais pobres, segundo disse.
Enfrentou a ira dos amigos dele pertencentes às classes médias altas, categoria social que ele integra. Disse na entrevista que as pessoas desta classe, não só não votam na Dilma, mas têm ódio mortal a Dilma, ao PT, as quotas, aos programas sociais e muito mais.
Acabo de sair de um ambiente desta classe social a qual eu também pertenço com uma enorme visão critica. Como estava sozinho, tive que ficar ouvindo os papos das mesas ao lado. Um “”companheiro” numa mesa de família, isolado, enfrentava heroicamente o ódio de seus algozes, todos eles já municiados pela sua dose semanal de veneno, injetado na veia, pela fonte cultural semanal desta gente, sem qualquer crítica, chamada VEJA.
Fiquei pensando, o Bresser Pereira e a Marilena Chaui têm razão