Publicado no Jornal GGN –
Bem Blogado garimpou e encontrou este texto. Vejam artigo de Luiz Nassif em 2009, a respeito da Sabesp e observem quem estava por trás do imbróglio. Bebo água no momento de ingerir minha geladinha, mas não gosto de forma alguma da mistura feita, com a aprovação da AMBEV pelo CADE, a época encabeçado por Gesner de Oliveira. E o pior, o cara foi parar na Sabesp. Deu nisso.
O presidente Gesner de Oliveira é uma espécie de operador do PSDB, incumbido de ações mais sofisticadas. Ele foi encarregado de articular, no CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico), a aprovação da fusão Brahma-Antárctica, um dos mais obscuros episódios da história do direito econômico brasileiro.
Aliás, quem puder trazer o parecer dele, como presidente do CADE, avalizando a fusão, ajudaria a entender um pouco a maneira como ocorreu o processo político de concentração empresarial no país.
Coube a ele investir em uma campanha publicitária nacional milionária, para uma empresa com atuação estadual. Houve uma piora em todos os indicadores de resultados da empresa, no último balanço. Além de contratos jurídicos e de prestação de serviço de valor elevado.
Agora, ele está ameaçado de prisão por falta de providências na melhoria do saneamento em Guarujá.
Pode ser uma sucessão infeliz de episódios, que não comprometa a empresa definitivamente. Pode ser uma processo de degradação mais grave.A Sabesp tem um corpo profissional de alto nível. Tomara que consigam resistir a esse processo.
Por Gustavo Cherubine
Nassif,
(…) Nassif, não basta olhar a situação financeira da SABESP. É preciso olhar a qualidade da água e a situação do saneamento em SP.
Um de nossos mestre, Ignacy Sachs, considera que será fundamental neste século arranjos locais com tecnologias sociais e sistemas menores e mais efetivos em áreas como saneamento. Biorreatores, biodigestores, coleta e tratamento regionais, captação e manejo de água de chuva e muitos outros. Um “sistemão”, como o realizado e proposto pela SABESP não funciona, é só olhar para nossos rios e córregos.
Agora, no meio da derrocada da SABESP e dos cortes do orçamento paulista, como fica o projeto de lei abaixo? Em tempo: não há contrato entre a SABESP e a prefeitura de São Paulo. Há mais de 8 anos a situação entre a “maior empresa de saneamento do Brasil” e a 4 cidade do mundo está na ilegalidade!
Há muito a fazer e será preciso quebrar paradigmas, empresas e o marketing de nossos péssimos políticos além, é claro, de um grande esforço para que a população seja informada das reais condições que estão em jogo.
Afinal, é ela quem arca com os custos.