Um fiorde é uma grande entrada de mar cercada por altas montanhas rochosas. Paisagens assim são comuns nos países escandinavos como Dinamarca e Noruega, mas não restritas a eles. Aqui no Brasil é possível presenciar uma, e somente uma, ocorrência desse fenômeno.

No sudoeste do Rio de Janeiro, no município de Paraty, é onde encontramos o único fiorde tropical do mundo: o Saco de Mamanguá. Considerado como tal por não estar cercado de montanhas nevadas, como os encontrados ao norte do planeta, mas sim, da incrível biodiversidade da Mata Atlântica.




O mar esverdeado invade o continente por 8km. O Saco do Mamanguá banha uma enorme reserva ambiental que só pode ser acessada por trilhas ou embarcações sem motor. A região protegida conta ainda com 10 rios, 30 praias e dezenas de cachoeiras escondidas entre as matas.

Ali é onde vivem diversas espécies de tartarugas, peixes, cavalos-marinhos e golfinhos. Porém, a maior atração só aparece depois de anoitecer, com ausência total de luz. Os plânctons presentes na água, quando agitados, brilham fluorescentes como vaga-lumes aquáticos.

O sucesso da preservação do local se deve aos esforços dos moradores das comunidades caiçaras, únicos habitantes da região, e ambientalistas. Por isso, há poucas opções de acomodações, se resumindo a apenas algumas pousadas ecológicas e campings.

Um dos passeios mais populares para quem visita o único fiorde tropical do mundo é a trilha do Pão de Açúcar. Uma subida íngreme, mas sem grandes riscos, que leva ao topo do pico de 420 metros, revelando uma vista privilegiada do Saco de Mamanguá.

Para chegar a esse refúgio de Mata Atlântica o mais indicado é ir de carro até o vilarejo de Paraty-Mirim e, de lá, pegar um barco até a atração.

Foto: Paulo Rapoport

Foto: Kauan Lima

Foto: K Thomason

Foto: Bruno Trevisan Dini

Foto: Bruno Navas

Foto: Sec Tur. Paraty