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Câmara do Rio disse que vai pedir seu afastamento; Jairinho tem currículo recheado de acusações de abuso e agressões
Na manhã desta quinta-feira (8), o noticiário foi tomado pelas reportagens sobre a prisão do vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Júnior (Solidariedade), conhecido como Dr. Jairinho, e sua esposa Monique Medeiros da Costa e Silva pela morte de Henry Borel Medeiros, de 4 anos.
Apesar de ter carreira política iniciada há mais de 15 anos, Jairinho figurava nos bastidores e teve o nome despontado no último mês com as investigações sobre a morte do enteado.
Como vereador do Rio, Jairinho está exercendo seu quinto mandato. Nas eleições do ano passado, somou 16 mil votos. Ele foi eleito pela primeira vez em 2004, aos 27 anos, herdando os passos eleitorais do pai, o coronel da Polícia Militar e deputado estadual, Jairo Souza Santos Júnior.
Naquele ano, foi o vereador mais votado do Partido Social Cristão (PSC) no Rio de Janeiro.
Em nota enviada à imprensa, a Câmara do Rio disse que vai pedir o afastamento do vereador. “Embora inexista até o momento representação formulada no Conselho de Ética, será dada toda celeridade que o caso exige”, disse o órgão.
Em razão da prisão, o vereador tem sua remuneração imediatamente suspensa e fica formalmente afastado do mandato a partir do trigésimo primeiro dia, segundo regimento interno da Câmara.
Membro do conselho de ética
Jairinho é formado em medicina, mas nunca exerceu a profissão, apesar de utilizar o título de doutor em seu registro oficial como político.
Com o título também conseguiu o cargo de vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara do Rio. Além disso, também foi presidente da Comissão de Educação, presidente da Comissão Especial do Plano Diretor do Município e 1º Suplente da Mesa Diretora.
No dia 11 de março, três dias depois da morte de Henry, Jairinho assumiu uma vaga no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar na Câmara Municipal. Antes de assumir a vaga, já havia protagonizado episódios de denúncias a outros parlamentares no órgão, como lembrou o ex-vereador Brizola Neto (PSOL).
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“Vereador Jairinho, preso por assassinar e torturar o menino Henry de 4 anos, foi o primeiro a me colocar na comissão de ética por levantar um cartaz dizendo ‘Fora Milícia!’”, disse Brizola, em sua conta no Twitter.
Em sua atuação como parlamentar, teve projetos e propostas sempre ligados ao bairro de Bangu, na zona Oeste do Rio, onde nasceu e angariou seu eleitorado, apadrinhado pelo pai.
Na vida pessoal, Jairinho tem um currículo recheado de acusações de abuso e agressões à ex-namoradas e aos filhos delas, todos crianças na mesma faixa de idade de Henry. É pai de três filhos.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Mariana Pitasse