Maxwell Simões Correa é o principal alvo da Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura o homicídio da vereadora
Poe Mirelle Pinheiro e Carlos Carone, compartilhado da Revista Fórum
Preso preventivamente na manhã desta segunda-feira (27/7), Maxwell Simões Correa (foto em destaque) é o principal alvo da Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A ação é coordenada pela Polícia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro.
Além do mandado de prisão, os investigadores cumpriram sete mandados de busca e apreensão, na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e região metropolitana.
Conhecido como Suel, o suspeito chegou a ser expulso pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em maio do ano passado, após ser condenado por atrapalhar as investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Maxwell Simões Correa, o Suel, foi expulso do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Reprodução
Marielle Franco e sua irmã Anielle Franco Reprodução/Redes sociais
O ex-bombeiro já havia sido preso, em 2022 durante, operação do Ministério Público. Na ocasião, ele e outras 11 pessoas foram detidas por integrar uma organização criminosa de jogos de azar no Rio de Janeiro. Ele atuava no empreendimento ilegal junto com Ronnie Lessa, acusado pela morte de Marielle e seu motorista.
Obstrução
Em fevereiro de 2021, o bombeiro foi condenado pelo Tribunal de Justiça a quatro anos por obstrução. Ele respondia em regime aberto e na época ficou determinado que ele prestasse serviços à comunidade.
“Verifico que a motivação do crime consistia em ludibriar a justiça na investigação acerca de uma organização criminosa que teria envolvimento com a morte da parlamentar Marielle Franco e seu motorista, um crime gravíssimo contra a vida e, principalmente, contra o próprio Estado Democrático de Direito”, diz a decisão judicial da 19ª Vara Criminal.
Ronnie Lessa
Suel ajudou a ocultar armas de fogo de uso restrito e acessórios que pertenciam a Ronnie Lessa. As armas estavam armazenadas em um apartamento utilizado pelo ex-policial após a morte da vereadora.
As investigações mostram que o papel de Suel para obstruir as investigações foi ceder seu próprio veículo para guardar o armamento de Ronnie, entre os dias 13 e 14 de março de 2019. Isso foi feito para que, em seguida, essas armas fossem descartadas no mar.