Casa do ex-presidente é alvo de busca e apreensão no âmbito da Operação Venire, que investiga adulteração de dados em carteiras de vacinação contra Covid
Por Marcelo Hailer, compartilhado da Revista Fórum
A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quarta-feira (3) a Operação Venire, que investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e Rede Nacional de Dados em Saúde.
Além disso, a PF confirmou na manhã desta quarta-feira que foram feitas adulterações de dados na carteira de vacinação do presidente Jair Bolsonaro e também de seus parentes. As adulterações aconteceram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, quando Bolsonaro ainda era presidente.
Entre as prisões realizadas pela PF, duas se destacam: o coronel Mauro Cid Barbosa, que era ajudante de Bolsonar, e o polícial militar Max Guilherme, que foi segurança do ex-presidente.
Confira abaixo quem são os auxiliares de Bolsonaro que foram presos pela Polícia Federal:
– Luis Marcos dos Reis
Sargento e integrava a equipe de Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro.
– Ailton Gonçalves Moraes Barros
Ex-major do Exército, também atuava no círculo de auxiliares do ex-presidente Bolsonaro.
– Mauro Cid
Considerado o braço direito do ex-presidente Bolsonaro, Mauro Cid é tenente-coronel e era uma espécie de faz tudo do ex-mandatário.
Ele ascendeu na carreira durante o governo Bolsonaro: era major e foi promovido a tenente-coronel. Filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega do ex-chefe do Executivo no curso de formação de oficiais do Exército. Desde esse período, Bolsonaro mantém uma amizade com Lourena Cid.
– Max Guilherme
Ex-sargento do Bope (Batalhão de Operações Especiais), unidade de elite da Polícia Militar do RJ, onde atuou por 17 anos. Ele conheceu Bolsonaro em 2012.
Max Guilherme chegou a Brasília como segurança pessoal e depois foi promovido a assessor especial. Max faz parte do grupo do também ex-policial Fabrício Queiroz, figura central no caso das rachadinhas.
O ex-Bope disputou uma vaga na Câmara dos Deputados, mas não conseguiu se eleger. Max Guilherme foi um dos seguranças na comitiva de Bolsonaro nos EUA, durante a sua última estadia.
– Sérgio Rocha Cordeiro
Capital da reserva e atuava como como assessor especial da Presidência desde o começo do governo de Jair Bolsonaro.
Bolsonaro afirmava que havia sido colega de Cordeiro na brigada paraquedista. Ele também esteve na comitiva dos EUA.
– João Carlos de Sousa Brecha
Secretário de governo da prefeitura de Duque de Caxias (RJ). Foi assessor especial de Bolsonaro das Indústrias Nucleares do Brasil e presidente do Instituto dos Servidores Públicos de Duque de Caxias.