Publicado na Revista Fórum –
Levantamento leva em consideração determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da sua família
De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas, em outubro de 2018, deveria equivaler a R$ 3.783,39, ou 3,97 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro, 43,73% do salário mínimo líquido para adquirir os mesmos produtos que, em setembro, demandavam 42,29% e, em outubro de 2017, 42,91%.
Com base na cesta mais cara, que, em outubro, foi a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
A cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 450,35), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 449,89), São Paulo (R$ 446,02) e Rio de Janeiro (R$ 443,69) 1. Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 329,90) e Recife (R$ 330,20).
Em 12 meses, os preços médios da cesta subiram em 15 cidades, com destaque para Florianópolis (8,15%), Campo Grande (7,58%) e Fortaleza (7,02%). Em três cidades, houve diminuição: Belém (-1,45%), Goiânia (-1,34%) e São Luís (-1,19%).
Em 2018, 14 capitais acumularam alta, entre as quais Vitória (8,96%), Curitiba (8,40%) e Campo Grande (8,34%); outras quatro mostraram queda: Goiânia (-0,83%), Recife (-0,59%), Natal (-0,39%) e São Luís (-0,23%).
Veja o levantamento completo no link abaixo: