Por Fernando Brito, Tijolaço –
Deve ser por isso que o Brasil – o Brasil dos jornais, claro – está quebrado.
Mas o Banco Central disse, ontem, que “apenas no período entre julho de 1964 e julho de 1965 o salário mínimo – que é baixíssimo ainda – comprava mais do que hoje, em valores corrigidos pela inflação”.
Se você pensar bem, uma vergonha que só agora estejamos conseguindo pagar ao trabalhador mais humilde o que se pagava há meio século.
Se pensar melhor ainda, que maravilha que, em pouco mais de dez anos se tenha conseguido recuperar as perdas de quatro décadas.
E quem está dizendo não é uma instituição propriamente “esquerdista”.
Mas o BC, que aproveita o índice “escandaloso” para fazer um alerta de que ” a política de valorização do mínimo está aumentando o custo médio da mão de obra”.
É como dizia o avô da Miriam Leitão, n’O Globo , nos idos de 62, quando falava que o 13° ia ser um “desastre para o país”
Ia-lhe bem um arrochinho no mínimo, pois não?
Pois o salário mínimo cresceu – vejam que absurdo! – 76% acima da inflação, desde 2003
“Pior” ainda, porque, de 2003 a 2014, o rendimento médio da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% a mais do que o salário mínimo.
Temos de tomar providências urgentes porque, senão, este país acaba tendo justiça social.