Por Luiz Antonio Simas –
Atendendo rapidinho a um pedido, vai aí uma seleta de sambas de enredo com temática indígena, na onda da polêmica do samba da Imperatriz.
Escolhi apenas 15, como uma boa introdução, bem distante de dar conta da quantidade de sambas sobre a temática, para sugerir como ela foi abordada no carnaval.
Não considerei a linha de romances indianistas (como é o caso do Guarani, da Beija-Flor, em 1963), procurei fazer um recorte de trinta anos (aqueles que mais apresentaram a temática no carnaval, entre 1970 e 1999) e não inclui sambas de outros estados (certamente, se a lista fosse sobre os maiores sambas de temática indígena do Brasil inteiro, entraria Narainã, samba de 1977 do Camisa Verde e Branco).
Reparem que a linha principal dos enredos foi a mitologia indígena. A vertente mais política, de afirmação dos direitos indígenas, é menos recorrente.
Eu gosto de todos esses sambas e acho alguns deles sublimes.
É ótimo material para a turma da educação trabalhar com a meninada.
– Lendas e Mistérios da Amazônia. Portela, 1970.
– Acalanto para Uiara (Unidos de Jacarepaguá, 1976)
– O mundo fantástico do Uirapuru (Mocidade, 1975)
– Panapanã, o segredo do amor (Mangueira, 1977)
– Rudá, o deus do amor (Arrastão de Cascadura, 1981)
– Uma odisséia dos carajás (São Carlos, 1979)
– Cataratas do Iguaçu (Império da Tijuca, 1981)
– Raízes (Vila Isabel, 1987)
– O homem do Pacoval (Portela, 1976)
– Uruçumirim, paraíso tupinambá (Caprichosos, 1979)
– Como era verde o meu XIngu (Mocidade, 1983)
– Xingu, o pássaro guerreiro (tradição, 1985)
– O mundo místico dos caruanas nas águas do Patu Anu (Beija-Flor, 1998)
– As Icamiabas (Arrastão de Cascadura, 1996)
– O Dono da Terra (Unidos da Tijuca, 1999)