São Paulo dos meus horrores

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Eu realmente amo #SãoPaulo. A cidade onde em me encontro, o estado onde eu nasci. Mas, eu não tenho reconhecido esses lugares…

Por Adriana do Amaral, compartilhado de seu Blog




É claro que eu falo politicamente. Nada de correto no ar de sampa.

O que presenciamos esta semana, na casa do povo, a #AssembleiaLegislativadeSãoPaulo (Alesp), tomada por aqueles que não me representam, foi estarrecedor.

Pais, irmãos, tios e talvez avôs, vestindo fardas de autoridade militar, desceram o cacete, literalmente falando, no povo de São Paulo. A maioria jovens estudantes, que por direito e dever, estavam lá cobrando daqueles que deveriam tê-los ouvido e barrado o Projeto da Escola Cívico-Militar.

O horror tomou o lugar.

Cenas de guerra.

Autoritarismo puro.

Deu agonia ver a falta de autoridade dos poucos vereadores da esquerda em sua impotência ao tentar coibir a violência desmedida…

Cenas que temos visto replicar-se no estado, onde o governador Tarcísio de Freitas, militar da reserva do Exército, eleito pelo partido Republicanos (e representante/cria do bolsonarismo), justifica a violência e até dá “licença para matar”.

Justificou as ações no Litoral Norte do Estado, a violência desmedida até mesmo isso com pessoas com deficiência no interior do Estado e agora não poupa a capital.

No Estado vemos o  tal “mercado” avançando nas terras cultiváveis, onde antes plantava-se milho, cana-de-açúcar, soja etc. agora pastam gados. Verdadeiras Yellostone, ou Bonanza onde o dinheiro multiplica o poder. 

Árvores são cortadas e no lugar gado de raça, que após o abate, vira produto: carne tipo exportação que não irá alimentar a fome local, mas o lucro, literalmente, irá somar aos juros dos bancos, que estão comprando as terra antes produtivas.

Na capital paulista, outro político, inexpressível, o prefeito Ricardo Nunes (PSDB) herdou o legado dos tucanos e conseguiu avançar na exclusão social.

E ele não está sozinho: a bancada de vereadores, salvo exceções, também não anda nada bem em ideologia..

Na cidade com maior deficit de moradia, prédios são erguidos de forma indiscriminada em todas as regiões, para isso o plano direitor foi alterado pela mesma vereança.

E para o povo de São Paulo, nada? Tudo.

Tem gente que culpa o povo, que elegeu tanto político ruim, mas sabemos que não é bem assim. Falta consciência política, sobra desinformação.

A nova moda é censurar livros…

Djamila Ribeiro, a autora de #Cartasparaminhaavó”, obra essencial quando o debate gira em torno do #racismo, #patriardo, e #diálogo é a autora da vez.

A desesperança é tanta…

“Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas; da força da grana que ergue e destrói coisas belas”…

Da periferia, dos jovens estudantes, eu vejo surgiu a esperança.

São Paulo merece políticos melhores.

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