Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado –
Sarau Delivery, a arte nos tempos do coronavírus, senta num banquinho de madeira, proseia e ouve o cantor, compositor e violeiro Osni Ribeiro. Como diz na sua terra natal, Botucatu: “Bom demais, compadre?”
Aqui, numa conversinha musical da boa, Osni Ribeiro fala com o nosso povo do Sarau Delivery e divulga o seu programa no Youtube “Manhã Violeira”.
Como disse acima, Osni Ribeiro toca o programa “Manhã Violeira”, aos domingos pelo Youtube, no canal do Centro Max Feffer – Cultura e Sustentabilidade.
Na forma de prosa, poesia e ponteio, o som da viola, o clarão da lua, o canto do passarinho ao amanhecer, o sol do pôr e da alvorada, o “cheiro” da chuva estão todos lá, aguardando você. Dia 23 de agosto, às 10 horas, vá lá, para você começar bem o seu domingo. É só chegar com Osni Ribeiro, cujo nome tem toda a rima violeiro.
Veja edições do “Manhã Violeira”, com Osni Ribeiro cantando e proseando com outros artistas:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLe1b9iiw8BmSTXvxJcj1OunGXNmu2O3Hy
“Manhã Violeira” (Bernardo Pellegrini / Osni Ribeiro)
se o vento vem do sudeste
e veste a cumeeira
a água desce o riacho
e brinca na cachoeiraa manhã é violeira
sabiá canta na mata
a sonata brasileira
na carreira do divino
o menino na porteiraa manhã é violeira
renasci naquela serra
onde a lua rela o chão
luz de velas e lampião
luz do mundo, do sertão
nas manhãs de minha terra
minha bela, minha flor
a lua deita, o sol levanta
e a viola canta, a manhãmanhã violeira, manhã violeira
e quando um jeca triste
avista na prateleira
uma marvada pinga
a primeira vai pro santo
Angelino de Oliveiramanhã violeira, manhã violeira
“Rio Amargo” (Osni Ribeiro e Paulo Nunes)
coração morto na beira deste rio que morreu
resta a raiva, resta a sede, perdi tudo que foi meuperdi o peixe que me dava
o tantim que eu precisava
perdi meu Deis de den`d`água
que era pra quem eu rezava
e na lama que me invade
me humilhando em tanto engano
perdi também alegria
de olhar para os meus manoscoração morto na beira deste rio que morreu
resta a raiva, resta a sede, perdi tudo que foi meuneste vale de amargura
onde o cão escreve a lei
choro sim, vivo chorando
praquilo que eu tanto amei
os tais barrancos do inferno
quem diria que seriam
a beira em que eu debruçava
a beira em que eu mais bebia?coração morto na beira deste rio que morreu
resta a raiva, resta a sede, perdi tudo que foi meu
resta a raiva, resta a sede, perdi tudo que foi meu
coração morto na beira desse rio que morreu“Adão Tino e João Claudino sabem contar quem eu era, mas de um capim de esperança aqui me resto na espera”
Aqui, “A Moda da Quarentena”, com Osni Ribeiro e Bob Vieira,
https://www.youtube.com/watch?v=QoBDZKR1Jtk
Conheça melhor a trajetória artística de Osni Ribeiro:
“Afora o ranchinho beira-chão eu nasci mesmo naquela serra, a serra famosa citada na canção não menos famosa do Angelino (“Tristeza do Jeca”, Angelino de Oliveira).
Acho que no meu trabalho dá para perceber as influências da minha cidade natal e do clima interiorano onde fui criado. Essa história de clarão de lua, de tocar viola, de ouvir passarinho cantando e de sentir o gosto da chuva é um pouquinho da minha história. Têm mais coisas que fizeram a minha cabeça, se tiver curiosidade, vai chegando… “
Vá até os canais do Youtube de Osni Ribeiro e do Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade.
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https://www.youtube.com/OsniRibeiro
Sarau Delivery é uma seção do Bem Blogado que traz diariamente artistas fazendo apresentações para o público que está em casa, recolhido no combate ao coronavírus.
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