Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado –
O Sarau Delivery, a arte nos tempos do coronavírus, traz novamente ao palco a cantora Jordanna, desta vez cantando “Negro Amor”, versão de Caetano Veloso e Péricles Cavalcanti para uma música e letra de Bob Dylan.
Uma letra densa, gravada por Gal Costa em 1977, nos traz à reflexão sobre os tempos atuais. Não sei vocês, mas esta música me faz pensar muito no momento em que vivemos, quando “negacionistas” podem nos levar a um mundo distópico, um lugar hipoteticamente intolerável, opressor, autoritário, a um mundo de ódio.
Jordanna, também compositora, é mineira de Ubá- MG, terra de Ary Barroso, Nleson Ned e Célia e Celma, Jordana iniciou carreira aos 11 anos de idade cantando em bares, bailes e shows.
Sob influências dos ritmos brasileiros, rock , jazz, e blues, desenvolve o projeto para a gravação do seu segundo CD “Sabor da Vida” com músicas de autoria própria e Zeca Baleiro, Ademir Assunção, Chico César, Edvaldo Santana, João Ricardo, Zé Geraldo e Sabotage.
Delivery é uma seção do Bem Blogado que traz diariamente artistas fazendo apresentações para o público que está em casa, recolhido no combate ao coronavírus.
A seção está aberta para músicos, poetas, contadores de história…
Que o seu tempo seja preenchido com arte.
“Negro Amor” (Bob Dylan, versão de Caetano Veloso e Péricles Cavalcanti)
Vá, se mande, junte tudo
Que puder levar
Ande, tudo que parece seu
É bom que agarre jáSeu filho feio e louco ficou só
Chorando, feito fogo, à luz do sol
Os alquimistas já estão no corredor
E não tem mais nada, negro amorA estrada é pra você
E o jogo é a indecência
Junte tudo que você conseguiu
Por coincidênciaE o pintor de rua, que anda só
Desenha maluquice em seu lençol
Sob seus pés, o céu também rachou
E não tem mais nada, negro amorSeus marinheiros mareados
Abandonam o mar
Seus guerreiros desarmados
Não vão mais lutarSeu namorado já vai dando o fora
Levando os cobertores, e agora?
Até o tapete, sem você, voou
E não tem mais nada, negro amorAs pedras do caminho
Deixe pra trás
Esqueça os mortos, eles não levantam mais
O vagabundo esmola pela rua
Vestindo a mesma roupa que foi sua
Risque outro fósforo, outra vida
Outra luz, outra cor
E não tem mais nada, negro amor
E não tem mais nada, negro amor
Negro amor
Jordanna canta “Vai Quê” (Alzira Espíndola e Arruda)
Veja aqui uma participação anterior de Jordanna no Sarau Delivery, com “Perdidos e Achados”, de Ademir Assunção
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