Por Washington Luiz de Araújo, jornalista –
O Bem Blogado, dentro do Sarau Delivery, a arte nos tempos do coronavírus, apresenta Tâmara Terra, voz forte e doce como a fruta que leva o seu nome.
Para os povos árabes, a fruta Tâmara é sagrada, sendo que uma tamareira nos quintais das casas indica hospitalidade. E é hospitalidade, força, fé e solidariedade que Tâmara Terra traz com a música de Chico Oliveira, “Sem Fronteiras”:
Liberdade Para pensar os rumos do mundo / Paciência / Pra junto poder navegar / Amizade / Pra ver o que é mais profundo / E coragem / Pra fazer o mundo mudar.
Baiana de Salvador, Tâmara Terra é uma cantora/percussionista que vem construindo sua carreira no Rio de Janeiro. Iniciou suas vivências musicais há 20 anos, quando caiu de paraquedas na cidade maravilhosa.
Dona de uma voz forte e interpretação calorosa, Tâmara gosta de passear por diferentes gêneros da música Brasileira. Já passou pela Bossa Nova, ao lado de Nonato Buzar e Pery Ribeiro, pela música instrumental nas “Oficinas da música Universal” de Itiberê Zwarg, por trabalhos autorais como “Cidades Marginais” em duo com o violonista Marcelo Neder.
No Forró Pé de Serra Tâmara se destaca como integrante do “Trio Samburá” que realiza um tradicional baile dominical há 4 anos na Lapa/RJ. É vocalista do Bloco/grupo “Caramuela” e “Pé de Calçada”.
Em carreira solo, prepara seu primeiro EP, “Ligada no mundo”. Em 2019 participou do Festival Nacional de Forró de Itaúnas, ficando como segundo lugar.
Sarau Delivery, uma seção do Bem Blogado, traz diariamente artistas fazendo apresentações para o público que está em casa, recolhido no combate ao coronavírus.
A seção está aberta para músicos, poetas, contadores de história…
Vamos nos informar sobre o mal que apavora o mundo para que nossos corpos não sofram, mas vamos alimentar nossas almas para que nossa saúde mental também prevaleça.
Que o seu tempo seja preenchido com arte.
Abram seus ouvidos e corações para essa nova voz.
Com vocês, Tâmara Terra em “Sem Fronteiras, de Chico Oliveira.
Sem Fronteiras (Chico Oliveira)
Meu canto não tem fronteiras
O mundo é minha morada
Já não importa o sotaque que me espera no fim da estradaEu sou do sul e do norte
Do ocidente, do oriente
Não tenho visto nem passaporteEu sou a escrava vendida
Eu sou a índia caçada
Eu sou os desesperados ao ver a casa debaixo d’águaO rio doce é meu leito
Enquanto as águas não forem claras
Eu não mergulho satisfeitoLiberdade
Para pensar os rumos do mundo
Paciência
Pra junto poder navegar
AmizadePra ver o que é mais profundo
E coragem
Pra fazer o mundo mudar