Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado –
Sarau Delivery, a arte nos tempos do coronavírus, traz, em homenagem à roda de choro, Arruma o Coreto, a flauta de Ana do Chorinho tocando “Benzinho”, de Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho.
https://youtu.be/Fp9xidAHM48
Dia 23 de abril, data do nascimento de Pixinguinha, comemoramos o Dia do Choro. Não fosse a quarentena, certamente, Ana Caetano e demais músicos estariam hoje no coreto da Praça São Salvador (RJ) lembrando e tocando pela data. Sendo assim, o Sarau Delivery volta, às 11 horas da manhã deste domingão.
Sarau Delivery é uma seção do Bem Blogado que traz diariamente artistas fazendo apresentações para o público que está em casa, recolhido no combate ao coronavírus.
A seção está aberta para músicos, poetas, contadores de história…
Vamos nos informar sobre o mal que apavora o mundo para que nossos corpos não sofram, mas vamos alimentar nossas almas para que nossa saúde mental também prevaleça.
Que o seu tempo seja preenchido com arte.
“Benzinho”, Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho
Não fique assim de olho torto para represar
Um aguaceiro que ao se converter
Em tempestade vai se transformar, nos afogar
Sei que a natureza impunemente vai nos desagasalhar
Nos condenar com uma lei de efeito arrasador
Por desculpir e afrontar o ato irracional
Serei julgado mais um infrator
Um marginal que aos tribunais ousou desafiar
Mas, se tal senteça for pra me punir
Qual o juiz a obrigar-me a tal pena cumprirNão fique assim de olho torto para represar
Um aguaceiro que ao se converter
Em tempestade vai se transformar, nos afogar
Sei que a natureza impunemente vai nos desagasalhar
Nos condenar com uma lei de efeito arrasador
Por desculpir e afrontar o ato irracional
Serei julgado mais um infrator
Um marginal que aos tribunais ousou desafiar
Mas, se tal sentença for pra me punir
Qual o juiz a obrigar-me a tal pena cumprirMeu amor, não há porque fugir e me encontro assim
Deus, no mundo, foi quem dispôs
E o próprio Deus, sua lei é quem pode fazer revogar
Mas sei, também, que o amor
É um leva e traz que só faz e desfaz
Mesmo assim, quero mais e o dobro do mais
De uma forma voraz, ser bem felizMeu amor, não há porque fugir e me encontro assim
Deus, no mundo, foi quem dispôs
E o próprio Deus, sua lei é quem pode fazer revogar
Mas sei, também, que o amor
É um leva e traz que só faz e desfaz
Mesmo assim, quero mais e o dobro do mais
De uma forma voraz, ser bem felizE além do mais, há muito tempo quero lhe dizer
Ai, meu benzinho, não me faz sofrer
É muito mal se desgastar o amor
Isso é comum, ruim demais
Não dificulte e nem deixe nublar e vulgarizar
Ou reprimir o inconsciente que rege nós doisNão vem assim de olho torto pra me retalhar
Não há quem possa me desagravar
E nem me armar um temporal cruel, enorme assim
Tem dó de mim, que impostor eu nunca fui, nem sou
E as leis do amor, meu benzinho, jamais transgredi