Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado –
Sarau Delivery, a arte nos tempos do coronavírus, traz novamente ao palco a viola e a voz de Victor Batista. Recordamos, pelas cordas e voz do grande artista mineiro, os tempos de criança com o pot-pourri: “Cantiga de Roda” (Manoelito Xavier), “Telha Nua” (Roberto Andrade / Waltinho) “João e Maria” (Sivuca e Chico Buarque).
Aqui, o grande cantor, compositor, violeiro Victor Batista nos leva aos tempos de criança. Nesta quarentena, estamos sendo remetidos a muitas reflexões e, certamente, nossas brincadeiras infantis fazem com que enfrentemos estes tempos difíceis com o lirismo de músicas como a que Victor Batista nos oferece.
Pergunta de criança: outro dia, o Vinicius, filho do querido casal de Paquetá, Ialê Falheiros e Zeca Ferreira, quis saber: “Pai, eu ainda vou ser criança quando acabar a quarentena?”.
Pois, é para as crianças que nos rodeiam e as que estão dentro de nós que oferecemos este Sarau Delivery. Às crianças Vinicius de Paquetá, ao meu sobrinho e afilhado Leonardo, de São Paulo, e a todas que estão enfrentando esta quarentena, distante da escola e do convívio com os e as coleguinhas, como se fosse uma brincadeira infantil.
Ah, e no dia 26 de maio último foram comemorados os 90 anos do eterno maestro Sivuca, autor com Chico Buarque de “João e Maria”. Maestro Sivuca, sempre presente!
Além de cantor, compositor, e violeiro autodidata, Victor Batista é arte-educador na formação de crianças, jovens e adultos na região de Pirenópolis (GO). Mineiro de Belo Horizonte, obteve em suas raízes culturais com sua família em cantorias à beira do fogão.
Victor tem um espetáculo voltado pra crianças, intitulado “Contos de um Caipira”, que já percorreu Festas Literárias, escolas públicas e particulares e também Festivais de contadores de histórias.
Suas obras estão registradas em cinco CD’s independentes e autorias. Em 2018, gravou ao vivo o CD instrumental com o multi instrumentista Galba intitulado: “28 CORDAS AO VIVO” a ser lançado em 2020
Sarau Delivery, uma seção do Bem Blogado, traz diariamente artistas fazendo apresentações para o público que está em casa, recolhido no combate ao coronavírus.
A seção está aberta para músicos, poetas, contadores de história…
Que o seu tempo seja preenchido com arte.
“Cantiga de Roda” (Manoelito Xavier)
Eu vou bater palma
Vou brincar de roda
Pra espantar o medo
Do meu coração
Vou virar menino
Sem hora marcada
Soltar papagaio
Vou rodar pião
Vou brincar na areia
Lá do meu terreiro
Quem chegar primeiro
Vai ter seu lugar
Vou cantar ciranda
Vou sujar a cara
Vou crescer depressa
Vou me agigantar
Vou pegar o mundo
E virar do avesso
Vou juntar os homens
Num só mutirão
Vou chamar a vida
Pra brincar de roda
Vou ser seu amigo
Vou lidar a mão
Vou chamar a vida
Pra brincar de roda
Vou ser seu amigo
Vou lidar a mão
“Telha Nua” (Roberto Andrade / Waltinho)
Todo dia minha mãe dizia
Que ao meio dia era pra almoçar
E gritava pra cima da telha
Menino já desça pare de brincar
Lá, em cima do telhado
Meu sonho encantado
Era pertinho do céu
E, se todos lá embaixo
Pensassem assim tão alto
Vinham brincar aqui
Comigo no telhado
Mesmo quando a gente cresce
Fatos de criança não desaparecem
O lugar, a casa, a rua
Uma telha nua sem ninguém por lá
Lá, em cima do telhado
Meu sonho encantado
Era pertinho do céu
E, se todos lá embaixo
Pensassem assim tão alto
Vinham brincar aqui
Comigo no telhado
Mesmo quando a gente cresce
Fatos de criança não desaparecem
O lugar, a casa, a rua
Uma telha nua sem ninguem por lá
Lá, em cima do telhado
Meu sonho encantado
Era pertinho do céu
E, se todos lá embaixo
Pensassem assim tão alto
Vinham brincar aqui
Comigo no telhado
“João e Maria” (Sivuca e Chico Buarque)
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?
Aqui, Sivuca e Chico Buarque em “João e Maria”:
Assista a uma apresentação anterior de Victor Batista no Sarau Delivery;
Conheça mais obre a carreira do artista
Aqui, o violeiro em seu canal no Youtube.
https://youtu.be/KsS5L_aKldk
Páginas no Facebook: Victor Batista
Instagram: Victorbatistavioleiro
Site oficial: www.victorbatista.com.br
Conheça mais obre a carreira do artista:
https://www.victorbatista.com.br/
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