Sarau Delivery, de pé, canta em 13 versões “A Internacional”

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Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado

De pé, ó vítimas da fome / De pé, famélicos da terra / Da ideia a chama já consome / A crosta bruta que a soterra / Cortai o mal bem pelo fundo / De pé, de pé, não mais senhores / Se nada somos em tal mundo / Sejamos tudo, ó produtores (Trecho inicial de “A Internacional”, de Eugène Pottier e Pierre De Geyter)




Sarau Delivery traz o hino mundial dos trabalhadores e trabalhadoras, da justiça social. Hino que completa 150 anos neste 2021 repleto de famélicos na terra, vítimas de um capitalismo perverso.

Que toquemos e cantemos “A Internacional” neste nosso sofrido Brasil que, bem há pouco tempo, havia saído do mapa da fome, mas que voltou juntamente com o autoritarismo, com a injustiça social (sempre juntos).

Nem a pandemia da covid-19 foi argumento para que o capital poupasse os mais pobres. Pelo contrário, o enriquecimento dos poucos bilionários foi maior. A concentração de riqueza que joga milhões para debaixo das pontes, para as marquises das grandes e até de médias e pequenas cidades.

A ideia de fazer o Sarau Delivery com várias versões do hino foi da amiga e ativista, Lúcia Skromov. Ela que já havia me cutucado para fazer o mesmo com “Bella Ciao” (proposta que já paguei). Agora, Lúcia, não devo nada até a próxima pauta…

Tenho um amigo, o Bernardo Karam, militante de sempre pelas causas justas, que adora cantar “A Internacional”, quando bebe algumas a mais então…

Mas foi num final de semana que, conversando com a grande cantora e também amiga Ana Decker, ela me pôs para ouvir Renato Braz interpretando “A Internacional”. Fiquei arrepiado. E pensei comigo: está na hora de pagar a dívida da Lúcia Skromov. Mas foi neste final de semana que, conversando com a grande cantora e também amiga Ana Decker, ela me pôs para ouvir Renato Braz interpretando “A Internacional”.

Fiquei arrepiado. E pensei comigo: está na hora de pagar a dívida da Lúcia e cantar junto com o Bernardo.

Então vamos lá de “A Internacional” desde Renato Braz ao samba, no canto latino americano e caribenho, no erudito, no punk dos Garotos Podres, com crianças chinesas, em francês, no violino de Jorge Mautner, em vídeos históricos, no galego, com artistas chilenos e em cenas lindas de filmes italiano e espanhol. São 13 vídeos. 13? Mera coincidência….

Renato Braz – “A Internacional” – 2002

Álbum: Outro Quilombo. Canção: L’Internationale,  letra: Eugène Pottier;  Música:Pierre De Geyter

Hino “A Internacional Socialista” – Versão Samba

Produção do Hino dos trabalhadores e trabalhadoras “A Internacional”, realizada pela Presidência da Confederación Latinoamericana y del Caribe de Trabajadores Estatales (CLATE). Arranjo e direção musical: Felipe Traine

Juan Martínez: violão; Osvaldo Avena: Percussã;  Felipe Traine: violão; Patricia Souza: Voz;  Natalia Martínez: backvocal;  Sebastián Luna: bandolim

Estudio Moebio; Produção geral: Dario Fuentes;  Produção e direção: Andrés Cedrón;  Edição: Ariel Gimenez e Andrés Cedrón; Animação: David Caballero

Versão latinoamericana e caribeña, também realização da Confederación Latinoamericana y del Caribe de Trabajadores Estatales (CLATE)

Jorge Mautner toca “A internacional socialista”, violino

Tenor canta ‘A Internacional Socialista’ em vídeo sobre Revolução Russa

Vídeo da série “Revolução Russa, 100”, dirigida por Mika Lins, traz o tenor Jean William, acompanhado músico Filipe Santos

“A Internacional” no punk dos Garotos Podres –  2007

Estadunidense Pete Seeger canta “A Internacional” no idioma original, francês

Hino Internacional Comunista – Compilação de vídeos históricos.

Edição da UJC – União da Juventude Comunista

Hino “A Internacional” em cena do filme “A voz adormecida”

“A Voz Adormecida” é um filme dirigido por Benito Zambrano,  e baseado no romance homônimo de Dulce Chacón.  romance homônimo de Dulce Chacón (Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/La_voz_dormida)

Crianças Chinesas cantam “A Internacional”

“A Internacional Socialista” em galego, Interpretada por Navia Rivas

“A Internacional” com Artistas da pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores,  Chile

Hino “A Internacional” – Filme “Italiani Brava Gente” – 1964

“A Internacional” no Wikipedia

A Internacional (em francês: L’Internationale) é um hino internacionalista, sendo também uma das canções mais conhecidas de todo o mundo.

A letra original da canção foi escrita em francês em 1871 por Eugène Pottier (1816-1887), que havia sido um dos membros da Comuna de Paris. A intenção de Pottier era a de que o poema fosse cantado ao ritmo da Marselhesa. Em 1888, Pierre De Geyter (1848–1932) transformou o poema em música.

A Internacional ganhou particular notoriedade entre 1922 e 1944, quando se tornou o hino da União Soviética. Desde então, foi traduzida em inúmeros idiomas. A canção é tradicionalmente cantada com o punho fechado ao ar. Apesar de estar associada aos movimentos socialistas, A Internacional também serve de hino para comunistas, social democratas e anarquistas.

Veja aqui o texto completo:

https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Internacional

“A Internacional” (

De pé, ó vítimas da fome

De pé, famélicos da terra

Da ideia a chama já consome

A crosta bruta que a soterra

Cortai o mal bem pelo fundo

De pé, de pé, não mais senhores

Se nada somos em tal mundo

Sejamos tudo, ó produtores

Bem unido façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A Internacional

Senhores, patrões, chefes supremos

Nada esperamos de nenhum

Sejamos nós que conquistemos

A terra-mãe livre e comum

Para não ter protestos vãos

Para sair desse antro estreito

Façamos nós por nossas mãos

Tudo o que a nós nos diz respeito

Bem unido façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A Internacional

Crime de rico a lei o cobre

O Estado esmaga o oprimido

Não há direitos para o pobre

Ao rico tudo é permitido

À opressão não mais sujeitos

Somos iguais todos os seres

Não mais deveres sem direitos

Não mais direitos sem deveres

Bem unido façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A Internacional

Abomináveis na grandeza

Os reis da mina e da fornalha

Edificaram a riqueza

Sobre o suor de quem trabalha

Todo o produto de quem sua

A corja rica o recolheu

Querendo que ela o restitua

O povo só quer o que é seu

Bem unido façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A Internacional

Fomos de fumo embriagados

Paz entre nós, guerra aos senhores

Façamos greve de soldados

Somos irmãos, trabalhadores

Se a raça vil, cheia de galas

Nos quer à força canibais

Logo verá que as nossas balas

São para os nossos generais

Bem unido façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A Internacional

Pois somos do povo ativos

Trabalhador forte e fecundo

Pertence a Terra aos produtivos

Ó parasitas, deixai o mundo

Ó parasita que te nutres

Do nosso sangue a gotejar

Se nos faltarem os abutres

Não deixa o Sol de fulgurar

Bem unido façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A Internacional

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