Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado
“Impossível separar Zeca, a Grândola, o cravo, a Revolução. Estão todos, irmanados, intrinsecamente com a história recente de Portugal e de certas regiões de Espanha.
Em quaisquer situação de crise, mesmo de identidade, eis que a Grândola torna-se voz ativa, retorna ao povo de onde saiu” (Joca Ramiro)
Sarau Delivery não resistiu. Foram tantas as homenagens aos 47 anos da Revolução dos Cravos que resolveu fazer uma postagem extra. Afinal, a repressão tem batido à nossa porta nestes tempos de pandemia e, portanto, precisamos de um pouquinho de ar de liberdade, de um cheirinho de alecrim, como se deu naquela época, quando sofríamos na ditadura militar.
Liberdade tão cantada por Zeca Afonso em “Grândola, Vila Morena”, uma das senhas, ao ser tocada numa emissora de rádio, para que o povo português fosse às ruas no 25 de abril de 1974 e desse um fim ao Salazarismo, aos 41 anos repressão ditatorial.
Voltemos em músicas e textos àquele 25 de abril e vamos buscar inspiração para a luta contra a opressão que chega no nosso país, somada à pandemia que já matou quase 400 mil brasileiros.
Ouça Zeca Afonso, Kátia Teixeira e companhia luxuosa e Chico Buarque. Conheça Celeste, a inspiradora dos cravos vermelhos nos canos das armas dos soldados, protagonista que levou o levante ao nome de Revolução dos Cravos.
Sabemos o quanto é difícil, pá, navegar, mas sairemos em busca de alguma semente plantada naquele de abril, há 47 anos, para que voltemos a ser um terra de fraternidade.
Viva a Revolução dos Cravos!
Zeca Afonso canta a sua “Grândola, Vila Morena”
Katya Teixeira em “Grândola, Vila Morena” e “Tava durumindo” – CD 2Mares
Músicos. Voz e vocais: Kátya Teixeira e Luiz Salgado. Participações Especiais: Voz e vocais – Susana Travassos (Portugal), Voz e vocais: Uxía Senlle (Galiza), Percussão Corporal e vocais – Barbatuques (Brasil): André Venegas, André Hosoi, Dani Zulu, João Simão, Mairah Rocha, Renato Epstein
“Grândola”, Vila Morena” (Zeca Afonso)
Grândola, Vila Morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, Vila Morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, Vila Morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, Vila Morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola, a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Ser Tão Paulistano:
“Grândola”, a Canção do Povo
http://www.sertaopaulistano.com.br/2015/04/grandola-cancao-do-povo.html
Diário de Noticias, Portugal: “Grândola” à janela. Em Portugal, em Espanha e até no Brasil (com Chico Buarque)
Chico Buarque canta “Tanto Mar”. Veja imagens da Revolução dos Cravos
“Tanto Mar” (Chico Buarque)
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto do jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim
DCM – Diário do Centro do Mundo
Quem é a mulher que deu nome à Revolução dos Cravos em Portugal e hoje vive de pensão
Wikipedia: A história da Revolução dos Cravos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_25_de_Abril_de_1974
Foto da capa do post: reprodução
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