Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado –
“A primeira coisa que nos diz uma obra de arte é que o mundo da liberdade é possível, e isso nos dá força para lutar contra o mundo da opressão.” (Graciliano Ramos)
O Sarau Delivery, a arte nos tempos do coronavírus, inaugura hoje a “Semana do Meio Ambiente – A Destruição do Brasil”, com textos e músicas a respeito do meio ambiente e o alerta sobre o que estão fazendo com o nosso país. O Brasil está sendo incinerado de todas as formas em suas florestas, cultura, educação e saúde. Vamos reagir com poesia, música e com ações contra o fascismo que queima o país.
Veja este vídeo com a obra de João Bá “Pantanal Vivo – Tuiuiú”. Bela música, maravilhosas imagens que estão sendo destruídas pela incúria, irresponsabilidade criminosa de governantes que governam pelo fim de um belo Brasil
João Bá (música); Paulo Freire (viola), João Arruda (violão e charango), Carlinhos Ferreira (percussão). Edição de imagens: Nádia Campos. Imagens do pantanal: WWF e NSC Total. Vejam mais créditos na ficha técnica da postagem do Youtube de Nadia Campos.
Homenagem ao grande poeta Manoel de Barros, pantaneiro, que morreria novamente (não fosse imortal), vendo sua região – os animais, a vegetação – sendo destruída criminosamente. Aqui o também poeta Luiz Renato, de Cuiabá, em vídeo especial para o Bem Blogado, declamando “Matéria de Poesia”, de Manoel de Barros.
Aqui, texto do MST sobre João Ba´, quando de sua partida em outubro de 2019.
https://mst.org.br/2019/10/04/joao-ba-foi-brincar-com-as-estrelas-do-mar/
Aqui o documentário com Manoel de Barros, “Só Dez Por Cento é Mentira”, direção e roteiro: Pedro Cezar.
https://www.youtube.com/watch?v=VG4P_mWWAI0
Surrealismo pantaneiro na poesia de Manoel de Barros
O poeta buscou no cotidiano do Pantanal sua fonte de expressão poética. É este local em que animais silvestres e seres minúsculos reinam que estabelece o cenário de sua poesia. A natureza torna-se humana, o homem torna-se natureza. A poesia hiperbólica de Barros salienta as miudezas, desvia a atenção para o que antes era secundário. O poeta desconstrói o mundo que conhecemos e nos faz entrar no universo que ele próprio construiu em que formigas geram vagalumes, homens tornam-se árvores, etc, e nós entramos sem titubear, porque temos uma “crença absoluta no desenrolar — ainda que absurdo — dos acontecimentos”. (CARPINEJAR, 2001, p. 13). Leia mais aqui sobre Manoel de Barros
https://institutoling.org.br/explore/surrealismo-pantaneiro-na-poesia-de-manoel-de-barros
6 poemas de Manoel de Barros para ler com as crianças
Por Ana Clara Oliveira
Minha infância passei em uma fazenda no Pantanal. Nesse lugar o tempo era parado. Ou passava devagar que lesma. Às vezes a lesma chegava primeiro que o fim do dia. Eu não era solitário. Tinha três irmãos. A gente fabricava os nossos brinquedos. No lugar só tinha o nosso rancho e animais de sela. O que sufocava não era a falta de espaço. A gente só via as distâncias. A gente inventava brinquedos o tempo todo. Agora eu invento brinquedos com palavras. Um vício que eu trouxe de lá. – Manoel de Barros. Leia mais: https://leiturinha.com.br/blog/poemas-de-manoel-de-barros/
Notícias sobre este momento catastrófico.
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Sarau Delivery é uma seção do Bem Blogado que traz diariamente artistas fazendo apresentações para o público que está em casa, recolhido no combate ao coronavírus.
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