Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado –
João Gilberto: “Garoto é extraordinário e seu violão é o coração do Brasil”.
Baden Powell: “O que eu toco é pelo Garoto”.
Sarau Delivery vem com Ana do Chorinho tocando “Amoroso”, de Garoto e Luiz Bittencourt.
Garoto ganhou este nome artístico por ter começado muito cedo na música, aos 11 anos. No início, foi chamado de Moleque do Banjo, depois passou a ser Garoto e foi assim até falecer aos 39 anos, num ataque cardíaco, quando muito famoso se preparava para uma excursão à Europa.
Sobre a música gravada em 1946, o recado de Ana do Chorinho: “Acho que é a primeira música que gravo desse virtuoso Garoto. Começou e morreu novo, se não me engano antes dos quarenta. Ou seja, muito garoto. Um paulista, multi-instrumentista e que fez lindas músicas como “Duas Contas” e “Gente Humilde”. Qualquer dia, quando conseguir a base, gravo elas também.”
Vamos cobrar, Ana. Enquanto nossa flautista número um começa a pensar em pagar suas promessas, vamos de “Amoroso”, um dos chorinhos preferidos da turma do Arruma o Coreto.
O Arruma é a roda de choro comandada por Ana, na Praça São Salvador, a praça mais artística e ativista do Rio de Janeiro.
Amorosos continuamos, mesmo com a pandemia. Amorosos e esperançosos de que ela acabe de vez para vermos Ana do Chorinho no Arruma o Coreto, ao vivo nos domingos da nossa Sansalva (nome carinhoso que a garotada deu à Praça São Salvador).
Ah, vocês lerão no vídeo que “Amoroso” é de Garoto e Sérgio Bittencourt. Foi só uma homenagem sem querer ao grande compositor, filho de Jacob do Bandolim. Na verdade, o parceiro de Garoto nesta música é Luiz Bittencourt.
Editado por Ana Caetano. Base: Caio 7 cordas
“Amoroso”, com Garoto.
Grupo Manteiga de Garrafa “chora” com “Amoroso” (Garoto e Luiz Bittencourt)
Vídeo gravado no estúdio “Olha-te” em Tatuí – 2019. Captação de vídeo, áudio, mixagem e edição de Lucas Mercadante. Rafael Yasuda – Bandolim Daniel Bueno – Violão Bruna Takeuti – Cavaco André Ribeiro – Pandeiro
Wikipedia sobre Garoto:
Aníbal Augusto Sardinha ou Garoto (São Paulo, 28 de junho de 1915 — Rio de Janeiro, 3 de maio de 1955) foi um compositor e violonista brasileiro.
Filho do casal de imigrantes portugueses Antônio Augusto Sardinha e Adosinda dos Anjos Sardinha. Além de violonista, Garoto foi um músico multi-instrumentista, dominando também o banjo, cavaquinho, bandolim, violão tenor, guitarra elétrica, havaiana, portuguesa, além de compor e fazer arranjos para estes instrumentos.
Foi um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos, sendo influência para músicos do calibre de Carlos Lyra, João Gilberto, Raphael Rabello, Dino 7 Cordas, Baden Powell.
Começou a carreira bastante cedo, com apenas 11 anos de idade, o que lhe rendeu o apelido de “O Moleque do Banjo” e posteriormente Garoto. No final de 1952, a partir do programa “Música em Surdina”, da Rádio Nacional, o diretor musical Paulo Tapajós formou com Fafá, Garoto e Chiquinho do Acordeom o Trio Surdina.[2] Gravou com artistas do calibre de Carmen Miranda, Dorival Caymmi, Ary Barroso.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Garoto_(m%C3%BAsico)
TV Cultura: Biografia – Garoto
Garoto criou um estilo próprio de tocar violão e renovou os padrões da composição popular
https://cultura.uol.com.br/radio/programas/biografia/2021/06/20/4_biografia-garoto.html
Sobre Luiz Bittencourt no Dicionário Cravo Albin:
Compositor. Violonista. Filho do violonista Antonio Lourenço Bittencourt e de Laura Augusta Bittencourt. Estudou violão com o pai. De 1967 a 1975, exerceu cargos na Ordem dos Músicos do Brasil. Em 1961, passou a integrar a Orquestra Sinfônica Nacional.
Leia mais aqui: https://dicionariompb.com.br/luis-bittencourt
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