Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado
Sarau Delivery e a polca de Viriato Figueira na flauta de Ana do Chorinho.
Ao ouvir “Só para Moer” me veio a mente como trilha sonora de imagens de Debret no Rio Imperial. Tudo a ver, penso eu, pois Viriato Figueira nasceu em Macaé em 1851 mas viveu no Rio daquela época até 1883, quando partiu. Aliás, muito jovem.
“Só para moer” ganhou, já na primeira metade do século 20, letra de Catulo da Paixão Cearense sob o título “Não Vê-la Mais”.
Recado da Ana do Chorinho: “Wash, segue a gravação da semana. Essa é muito antiga, vou até mandar uma informação do compositor. Espero que o pessoal limpe a poeira e conheça “Só para Moer”.
Vamos moendo, Ana, enquanto vamos remoendo nossa saudade dos tempos pré-pandemia quando assistíamos todos os domingos o Arruma o Coreto na nossa Praça São Salvador, que, certamente, conheceu os passos de Viriato Figueira.
Do Wikipedia:
Viriato Figueira da Silva (Macaé, 1851 — Rio de Janeiro, 24 de março de 1883) foi um compositor, flautista e saxofonista brasileiro.
Estudou no Conservatório Imperial de Música, do Rio de Janeiro, com Joaquim A. da Silva Callado, de quem se tornou grande amigo.[1]
Como flautista excursionou pelo norte do Brasil, com muito sucesso.
Em 1866 excursionou por São Paulo, como integrante da orquestra do Teatro Fênix Dramática, do Rio de Janeiro, dirigida pelo maestro Henrique Alves de Mesquita, apresentando-se no Teatro São José. Foi o primeiro solista de saxofone do Brasil.
Em março de 1877, sua polca “Só para moer” foi editada por José Maria Alves da Rocha e, mais tarde, por Artur Napoleão e Cia., sendo muito bem recebida. A polca de sua autoria Carnaval do Brasil foi executada pela primeira vez a 15 de julho de 1878, no Clube Mozart, do Rio de Janeiro.
Depois de sua morte, seus amigos realizaram, a 17 de dezembro de 1883, um concerto para arrecadar fundos para a compra de um jazigo no cemitério de São Francisco Xavier, no Caju, Rio de Janeiro. Ao seu lado foram depositados os restos mortais de Callado, transladados do Cemitério São João Batista, cumprindo o desejo manifestado pelos dois amigos que queriam ser enterrados juntos.
Mais tarde a composição Só para moer recebeu versos de Catulo da Paixão Cearense, sob o título “Não vê-la mais”.
Viriato era filho de escravos, nasceu em Macaé e não se sabe como foi parar no Rio de Janeiro Imperial. Sabe-se que causou enorme assombro em seus contemporâneos face seu enorme talento e inspiração. Hoje é considerado um dos pais do Choro Brasileiro. Suas composições foram gravadas pela Acari Records na coleção “Princípios do Choro” (2002).
Aqui, no site Recordando a MPB, veja a letra de “Só pra Moer”, de Catulo da Paixão Cearense sob o título “Não Vê-la Mais”.
https://cifrantiga.wordpress.com/category/viriato-figueira-da-silva/
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