“Se Bolsonaro vai tirar proveito do auxílio de R$ 400, problema dele. O povo precisa”, defende Lula

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Ex-presidente defendeu que o auxílio dado à população seja de R$ 600, como já defendia o PT desde o ano passado. “O povo precisa. Ele tem que dar. Se vai tirar proveito disso, problema dele”, destacou em entrevista concedida à rádio baiana “A Tarde”20 de outubro de 2021, 09:29 h Atualizado em 20 de outubro de 2021, 11:35

(Foto: Reprodução | Reuters)

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista nesta quarta-feira (20) à rádio baiana “A Tarde” e comentou a respeito do auxílio emergencial de R$400 proposto pelo governo às vésperas das eleições de 2022.




De acordo com Lula, a tese de que o auxílio deve ser rechaçado por ter finalidades eleitorais não pode ser aceita. “Estou vendo o Bolsonaro dizer agora que vai dar R$ 400 de auxílio. Tem gente dizendo que é auxílio eleitoral, que não podemos aceitar. Não penso assim”, disse.

“O PT defende um auxílio de R$ 600 desde o ano passado. O povo precisa. Ele tem que dar. Aliás, o PT pediu e mandou uma proposta para a Câmara dos Deputados de um novo Bolsa Família de R$ 600. O que queremos é que o Bolsonaro dê um auxílio emergencial de R$ 600. ‘Ah, ele vai tirar proveito disso’, é problema dele”, defendeu Lula. 

“O Bolsonaro falava que não ia se subordinar ‘à velha política’. Ele era o velho, falando que ia construir o novo… A novidade é que hoje temos o Orçamento do Relator, que envolve R$ 20 bilhões, para fazer o que? Dar emendas na perspectiva de ganhar voto. Essa é a nova política?”, completou. 

O petista destacou ainda que “quem governa hoje o Brasil é Paulo Guedes com sua política econômica descontrolada”. “Eu não acredito em nenhum modelo econômico que não coloque o pobre no Orçamento”, acrescentou.

Questionado sobre a composição de uma frente ampla para o embate ao bolsonarismo, Lula disse que é “importante a unidade em torno de um projeto” mas que é “natural e democrático que partidos políticos queiram lançar seus candidatos no pleito eleitoral”. 

Em sua visão, “não é momento de priorizar as eleições de 2022”. “Ainda estamos nos recuperando de uma pandemia que ceifou a vida mais de 600 mil pessoas, deixou milhares de órfãos. A fome e o desemprego castigando a vida do povo. Vou deixar pra definir candidatura lá para fevereiro ou março”, esclareceu. 

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