Secretário da Secom de Bolsonaro espalha discurso de ódio contra a mídia e jornalistas nas redes

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Publicado na Revista Fórum – 

Floriano Amorim tem o hábito de replicar postagens da família Bolsonaro. Ele costuma tratar a Folha, por exemplo, como “Foice”, símbolo do comunismo

O publicitário Floriano Amorim, futuro chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) do governo de Jair Bolsonaro, mantém um perfil no Twitter com discursos de ódio contra a mídia e jornalistas e opiniões bem similares às do chefe, seus filhos e correligionários.




Amorim, que hoje é assessor do gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), tem o hábito de replicar postagens da família. Ele costuma tratar a Folha, por exemplo, como “Foice”, símbolo do comunismo.

Ao republicar post sobre uma pesquisa do instituto Datafolha, o futuro secretário comentou: “Mais ridículo ainda é perceber que ainda tem gente que dá crédito a uma pesquisa encomendada pela Globo e Folha de SP! Isso já está ficando bizarro e feio pra essa esquerdalha”.

Amorim afirmou também, na rede social que, ao cortar verbas de propaganda oficial, Bolsonaro estará fazendo girar a economia.

“Com essa ação, aqueles que sempre se deram bem nas contas de governo irão ter que mostrar serviço no mercado privado. Em consequência, irão aquecer o mercado. 17!”, disse, citando o número do PSL, sigla de Bolsonaro.

Ele também sugeriu punição ao homem acusado de matar a pauladas uma idosa de 106 anos no Maranhão: “Um animal desses só tirando toda a pele e soltá-lo no meio do sertão”, escreveu o publicitário.

Foto: Reprodução Twitter

Amorim terá como atribuição cuidar dos contratos de publicidade oficial do governo. Sua indicação para a Secom não foi oficializada por Bolsonaro, mas nesta semana o futuro ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, afirmou que ele é o escolhido.

Sobre um jornalista do UOL, Amorim endossou post de Carlos Bolsonaro (PSC) e comentou: “Essa escória com alcunha de jornalista é um peso morto pro país”.

Ele também comparou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ao cachorro do ex-presidente americano George Bush, que ficou ao lado do caixão do dono no funeral: “Nem Haddad agiu assim com seu mentor”, em alusão a Lula.

Amorim foi informado por email e mensagem sobre o teor desta reportagem, produzida pela Folha, mas não respondeu sobre os posts.

“Dentro do possível estou tentando responder diversas demandas. Na oportunidade certa vamos nos falar”, disse.

Na noite desta quarta (12), no entanto, o seu perfil no Twitter foi alterado e passou a ser fechado. Com os tuítes protegidos, novos seguidores terão que ser autorizados pelo dono.

O nome da página também mudou para “Brasil” e a foto de Amorim foi substituída por uma imagem da bandeira nacional.

Leia mais sobre o assunto na Folha

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