Compartilhado de Brasil 247 –
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, acusou a China de “má conduta” na relação com países vizinhos que disputam a posse de ilhas no Mar do Sul da China. Os Estados Unidos devem estar preparados para derrotá-la militarmente no Oceano Pacífico
247 – O secretário de Defesa dos Estados Unidos fez declarações beligerantes contra a China nesta terça-feira, durante uma videoconferência do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Esper mencionou no evento a estratégia americana para o Indo-Pacífico, que prevê “um futuro conflito de alta intensidade com rivais quase iguais”. “Nós esperamos nunca precisar lutar, mas temos de estar preparados para derrotá-lo”, disse, segundo reportagem do jornalista Igor Gielow, na Folha de S.Paulo.”
O chefe do Pentágono sinalizou que os EUA vão reforçar investimentos em armas modernas, como mísseis hipersônicos e que quer contar em seu enfrentamento com a China com aliados na região, principalmente Japão e Índia.
Esper anunciou a chegada no Oceano Índico do porta-aviões USS Nimitz para manobras com a marinha indiana”. Esse mesmo porta-aviões de propulsão nuclear fez na semana passada manobras militares no Mar do Sul da China.
O pretexto invocado pelo Pentágono para a presença militar na área é a proteção da liberdade e direito de navegação e a acusação à China de pretender possuir “zonas de exclusão ou seu próprio império marítimo”. Esper sinalizou que os EUA não irão permitir isso.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump pretende reavivar o Quad, um grupo formado por EUA, Índia, Japão e Austrália, por meio de novas manobras navais na região, visando acossar estrategicamente a China por vários flancos, diz a reportagem.
Por outro lado, o chefe do Pentágono anunciou que visitará a China ainda este ano para “amplificar a cooperação em áreas de interesse comum, estabelecer sistemas de comunicação em crise”, ao mesmo tempo que enfatizou a intenção estadunidense de “competir abertamente no sistema internacional”, porque não quer ser regido por “valores chineses” ou ver Pequim “dando as cartas no futuro”.
Segundo o secretário de Defesa, Trump defende a volta da competição entre grandes potências, citando, além da China, a Rússia de Vladimir Putin. “É uma disputa global”, afirmou, em lugares como o Indo-Pacífico, o Ártico, o Oriente Médio e a África.