Sobre o fato de pessoas comemorarem o AVC sofrido por dona Marisa Letícia, a amiga do blog escreveu:
Por Lourdes Nassif
Meu pai teve AVC quando eu tinha 13 anos. Passei minha adolescência vendo aquele homem, antes super ativo, esperando que a morte se lembrasse dele. 13 anos depois, quando eu tinha 26, a morte lembrou-se. Ele passou 13 anos de sua vida sentado em uma cadeira, sendo metade de si, sendo metade das minhas lembranças. Não vou admitir graça com Dona Marisa. Não quero saber se é por não gostar do PT, não gostar do Lula, não quero saber de nada: não se finge ser humano só quando interessa. Ou se é humano inteiramente ou não se é nada. Meu pai morreu e me deixou um buraco no peito. Não desejo isso para nenhum filho, nenhum marido, nenhuma família. Eu sou humana, desejo que os meus amigos e meus inimigos sejam respeitados em sua dor, qualquer dor. Sejam humanos!
Foto de Ricardo Stuckert – Instituto Lula