Os últimos dados dão conta que um surto de diarreia já atingiu 33.551 pessoas no território palestino desde o início de outubro
Por Ana Gabriela Sales, compartilhado de Jornal GGN
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, nesta quarta-feira (8), para o risco potencial de doenças contagiosas na Faixa de Gaza, que sofre com a escassez de água de potável, combustível, remédios e suprimentos básicos de sobrevivência, em decorrência da guerra Israel-Hamas.
“À medida que as mortes e os feridos continuam aumentando em Gaza devido à intensificação das hostilidades, a superlotação e a interrupção dos sistemas de saúde, água e saneamento representam um perigo adicional: a rápida propagação de doenças infecciosas”, alarmou a organização.
Os últimos dados dão conta que um surto de diarreia já atingiu 33.551 pessoas no território palestino desde o início de outubro. A OMS ainda destacou que metade desses casos foram registrados em crianças, a maioria menores de cinco anos.
Além disso, a organização também citou os registros de 8.944 casos de sarna e piolhos, 1.005 casos de varicela, 12.635 casos de erupção cutânea e 54.866 casos de infecções respiratórias superiores no último mês, em Gaza.
De acordo com a OMS, “a falta de combustível levou ao encerramento de fábricas de dessalinização, aumentando significativamente o risco de infecções bacterianas, como a diarreia“, afirmou.
A privação de combustível também afeta o recolhe de resíduos sólidos, o que cria um “ambiente propício à proliferação rápida e generalizada de insetos e roedores que podem transmitir e transmitir doenças”, pontou a entidade.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas há um mês, 18 dos 35 hospitais de Gaza fecharam. Há relatos que nas unidades de saúde ainda em funcionamento procedimentos como operações precisam ser feitos à luz de tochas, sem anestésico e com vinagre usado como desinfetante.
Com informações do The Guardian e G1.