Sérgio Mesquita pelo Facebook

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Acredito que de 2002 para cá, a comunicação do governo só funcionou com clareza e eficiência na gestão Gushikem. Quem ainda não se lembra do jargão “o melhor do Brasil é o brasileiro”? Quem não lembra o selo de produto brasileiro nas embalagens dos exportados, o resgate da autoestima e orgulho de ser brasileiro? A direita nem respeitou seu câncer. O atacou igual e, mesmo com os juízes e polícia federal dizendo Gushiken não, o Ministério Público (Gurgel) o colocou no processo do “mentirão”. Nem Barbosa teve coragem de deixa-lo lá e o excluiu. Porém Gushiken não suportou e faleceu. Gushiken… Presente!
Nesse período, a comunicação trabalhou em cima de um projeto com início, meio e fim e foi vitorioso. Hoje talvez não tivesse a eficiência que teve por conta dos ataques que se iniciaram em 2005 e completarão 10 anos ininterruptos. Mas por ter sido planejado, faria sim alguma frente aos absurdos de hoje.
Não basta só redistribuir as verbas publicitárias. Os espaços e o conteúdo que preencherão estes espaços devem ser bem definidos e planejados, se não continuaremos a financiar o inimigo. Outro ponto muito importante é o necessário fim da lógica capitalista na publicidade.
Engana-se aquele que acha que o Ibope deve apontar os meios que devem receber o financiamento. Se assim continuar, continuaremos mantendo os inimigos, e reforçando-os financeiramente. Não vamos vender parafusos, vamos vender sentimentos. Sentimentos com lastros em produtos de bem estar social, palpáveis e não virtuais. Devemos dizer o porquê estamos fazendo, o como estamos fazendo e para quem estamos fazendo.
Devemos sim desconcentrar e ampliar o número dos meios de comunicação que receberão verbas públicas. Se hoje a mídia está na mão de 7 famílias, que o governo amplie o número de famílias do mesmo jeito que retirou milhões da miséria, com redistribuição de renda nos meios de comunicação. Que se priorize as redes comunitárias, que se invista na criação de novas emissoras de Rádio e TV. A tecnologia de hoje permite que se vá para além do espectro existente, que deve continuar público e como tal cobrado às TVs e Rádios concessionárias.
Como bem colocou nosso fotógrafo Sebastião Salgado, pela primeira vez no Brasil o Governo não faz parte do domínio das 7 famílias, por isso os ataques e falta de qualquer vergonha e ética profissional. Uma boa comunicação poderá contrabalançar esse jogo desonesto para com a população como um todo.
Te Abraço,

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