Sete declarações de Delgatti que comprometem Bolsonaro

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Em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas, o hacker de Araraquara colocou o ex-presidente no centro das investigações

POR JÚLIA MOTTA, compartilhado da Revista Fórum




Sete declarações de Delgatti que comprometem Bolsonaro
Walter Delgatti expõe ilegalidades de Bolsonaro na CPMI dos Atos Golpistas. .Agência Senado

Walter Delgatti, o hacker de Araraquara, como ficou conhecido, prestou depoimento bombástico na CPMI dos Atos Golpistas, nesta quinta-feira (17), e fez uma série afirmações comprometedoras que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Preso desde o dia 2 de agosto por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o hacker foi convocado para depor na CPMI após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal que também mirava a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

objetivo da operação é investigar e esclarecer os envolvidos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Entre os documentos forjados, havia um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira sete declarações de Delgatti que colocam o ex-presidente Bolsonaro no centro das investigações:

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1. Perdão presidencial

“A ideia ali era que eu receberia um indulto do presidente. Ele havia concedido um indulto a um deputado federal [Daniel Silveira, preso após fazer uma ameaça ao ministro Edson Fachin, do STF]. E como eu estava com o processo da [Operação] Spoofing à época, e com as cautelares que me proibiam de acessar a internet e trabalhar, eu visava a esse indulto. E foi oferecido no dia”.

2. Grampos contra Alexandre de Moraes

Segundo ele [Bolsonaro], eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes. Que teria conversas comprometedoras do ministro, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo”.

3. Emprego na campanha de Bolsonaro 

“Ela [Zambelli] disse que havia uma oportunidade de emprego para mim, no caso, seria na campanha do Jair Bolsonaro, do ex-presidente”.

4. Código-fonte falso

Eles queriam que eu fizesse um código-fonte meu, não o oficial do TSE. E que nesse código-fonte eu inserisse essas linhas, que eles chamam de ‘código malicioso’, porque tem como finalidade enganar, colocar dúvidas na eleição”.

5. Seguindo ordens do presidente

“Sim, eu sabia [que estava fazendo coisas erradas]. Lembrando que era ordem de um presidente da República. […] Então, eu estava… tanto que eu entrei em contato com a ‘Veja’ e relatei isso por medo”.

6. Mandado de prisão falso para Alexandre de Moraes

“Fui eu [o responsável por inserir o mandado falso no sistema]. A deputada me enviou um texto pronto, eu corrigi alguns erros e contextualizei, e publiquei a decisão. Ela me enviou [o texto], quem fez eu não sei”.

7. Relatório sobre as urnas

“Tudo isso que eu repassei a eles consta no relatório que foi entregue ao TSE. Eu posso dizer hoje que, de forma integral, aquele relatório tem exatamente o que eu disse, não tem nada menos e nada mais”.

Caso as afirmações de Delgatti forem comprovadasBolsonaro deverá ser investigado pelas ilegalidades cometidas.

*Com informações de Congresso em Foco

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