Sexo na adolescência: respeite os limites de velocidade

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Por Antonio Vergueiro – 

A adolescência de hoje quer ser cada vez menos criança e mais adulta, fazendo tudo com mais pressa, inclusive no caso do relacionamento sexual. Encurtando cada vez mais a transição criança-adulto, hoje em dia, um casal de namorados, ficantes ou peguetes, pode perfeitamente transar onde bem entender, com a facilidade que não existia há 10, 15 anos.  Os pais, algumas vezes, tem consciência e  facilitam isso. Outros não, fazem vistas grossas, mas nada impedem que aconteça a transa, pois não ficam 24 horas por dia de plantão. Então, quem quer sempre consegue. Ou então, dá-se um jeito na casa de um amigo, numa festinha aqui ou ali…




A questão toda aqui é que, na minha opinião, ouvindo os mais velhos, sabe-se que hoje em dia a coisa  está mais fácil do que décadas atrás. No passado, tudo deveria ser mais armado, toda uma estratégia era montada.  Afinal, muitas vezes nem chegar na garota era uma tarefa fácil. Tinha que esperar um baile de escola, observá-la no clube, no bloquinho de carnaval, para aí, quem sabe, ter alguma chance de aproximação.

Após isso feito, continuava sendo mais difícil. Tinha que ser apresentado para a família e depois dessa etapa faltava uma coisa muito importante: a aceitação dos pais; principalmente do pai da garota que já vinha com aquele clássica, com voz grossa, de “quais são suas intenções com minha filha?” E o pretendente, lógico, tinha que ir com a cara e a coragem para ter a melhor chance de sucesso. Se não, se o casal queria mesmo, o negócio era fazer às escondidas até o fato ficar consumado.

E assim ia e, de beijinhos em beijinhos, um dia pintava uma oportunidade para dar uma fugida para algum local perto dali, pois em casa, certamente, não poderia ser. Depois de vários níveis, a missão estava completa, o relacionamento havia chegado ao seu ápice. Portanto, muito mais esquematizado, trabalhado, suado, do que hoje .

E essa pressa de hoje, a velocidade de fazer as coisas encurta até a fase até o casamento. Além de transar, se apaixonar, tudo também acontece mais rápido. A idéia de que é o parceiro da sua vida e que você não conseguirá viver sem, acontece bastante. Casamentos acontecem mais rápido, às vezes com 18 anos ou menos e, com isso, mais separações, pois nem sempre  era realmente o príncipe encantado ou a princesa dos sonhos. Isso serve também para casais do mesmo sexo, lógico.

A geração atual de velocistas sentimentais tem que tomar cuidado. É bom fazer tudo, porém uma coisa de cada vez, um degrau por vez, um passo por vez, pois às vezes, quando se quer subir a escada correndo, ou dar um passo maior que a perna, o tombo pode ser muito feio.

*Antonio Vergueiro tem 15 anos e nem sempre pratica o que escreve aqui.

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