Por Camilo Vannuchi, jornalista, Facebook –
Precisamos falar sobre Silvio Santos. Com seriedade. E não apenas sobre ele.
Devemos entender que radiodifusão é serviço público. Neste sentido, concessionários de rádio e TV não podem fazer o que lhes dá na telha, sobretudo quando o que fazem é crime ou violação de direitos. Emissora de TV é objeto de concessão pública como rodovias.
Tratar como censura o estabelecimento de normas e critérios para que essas concessionárias prestem serviço de maneira ética e em conformidade com a legislação é não apenas um erro, mas também uma canalhice perpetrada há décadas por essas mesmas emissoras, empresas dispostas a manter um poder simbólico absoluto que jamais lhes deveria ter sido conferido.
Violar o ECA e convenções internacionais de direitos humanos é infração gravíssima, que deveria levar à cassação da outorga.
É preciso cobrar do jornalismo e das empresas de comunicação o respeito permanente aos direitos humanos e garantir instrumentos de monitoramento e observação.
Liberdade de expressão não pode ser tratada como salvo conduto para cometer violações.