O presidente da República, Jair Bolsonaro, agrediu verbalmente, hoje pela manhã, a repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. Não foi a primeira vez. Desta feita, Bolsonaro utilizou diferentes sentidos da palavra “furo” para atacar a jornalista, com trocadilho típico dos porões e de ambientes do submundo.
Começa a parecer inútil difundir notas de repúdio a cada vez que o ocupante de turno do Palácio do Planalto emite sandices. Já está patente que o atual governo é inimigo declarado da liberdade de imprensa e do jornalismo. No primeiro ano de seu mandato, segundo contagem feita pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Bolsonaro proferiu 116 ataques à imprensa. O levantamento não se refere a contestações ou declarações nas quais diverge de partes do noticiário; contabiliza apenas as agressões verbais e xingamentos dirigidos a jornalistas, órgãos noticiosos ou à imprensa em geral, nos quais Bolsonaro tem se mostrado pródigo.