Do Farodiroma, compartilhado de DCM –
Por outro lado, o ex-juiz Moro tinha muito poucas referências para falar sobre essas questões, pois é o autor e executor da perseguição política contra Lula, que foi impedido, devido à sua sentença, de participar das eleições no país, em 2018, contra Bolsonaro. Quem organizou a conferência foi Carlos Babín, que, por sua vez, colaborou com o ex-presidente de direita argentino, Mauricio Macri.
Além disso, o governo, do qual era membro até recentemente, é conhecido “pela violência e ataque aos direitos das minorias étnicas, sexuais, religiosas, direitos das mulheres e pela promoção do ódio e da discriminação”. Certamente, Moro “é o símbolo da pior face do Judiciário da América Latina”, pois faz parte de uma engrenagem que transformou a lei em instrumento de perseguição, isto é, a guerra judicial contra líderes progressistas da região (lawfare).
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O ex-ministro da Justiça brasileiro Sergio Moro foi forçado a cancelar sua visita à Universidade de Buenos Aires. De fato, a presença do ex-ministro de Bolsonaro desencadeou protestos da sociedade civil argentina, que se opuseram ao convite da faculdade de direito na qual Sergio Moro deveria ter realizado um palestra sobre a “luta contra a corrupção, a democracia e o Estado de direito”.