“Não houve uma explicação para a não inclusão de brasileiros. Simplesmente foram dando prioridade a outros países”, criticou o diplomata
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247 – O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, expressou preocupação com a exclusão dos brasileiros retidos na Faixa de Gaza das listas de estrangeiros liberados nos últimos dias para atravessar a fronteira entre o Egito e o território controlado pelo grupo palestino Hamas. “A situação está muito complexa, sem luz no fim do túnel”, disse Amorim ao jornal O Globo. “Não houve uma explicação para a não inclusão de brasileiros. Simplesmente foram dando prioridade a outros países”, completou.
“Vamos esperar que haja uma decisão rápida [sobre os brasileiros]. Estamos há mais de 15 dias pedindo a liberação. Não há razão para qualquer suspeita. Se houvesse algum problema com algum dos nacionais, poderiam ter falado logo. É uma situação absurda, em que há 15 crianças em um grupo de 32 pessoas”, disse o diplomata.
Amorim participará na quarta-feira (8) de uma reunião em Paris para discutir o impacto humanitário do conflito entre Israel e Hamas. O encontro foi convocado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, às margens do Fórum da Paz, que já estava programado para o período.
No sábado (4), ele conversou com o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e pediu que os estadunidenses ajudem o Brasil a retirar seus cidadãos — que são em menor número que os dos EUA e da União Europeia da região. Os Estados Unidos são os maiores aliados de Israel no Oriente Médio.
Em uma outra frente, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira também tem intensificado os contatos visando a liberação dos brasileiros retidos em Gaza. Nesta linha, Vieira afirmou que em uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, que recebeu garantias de que os brasileiros serão liberados para atravessar a fronteira até a quarta-feira.