Por Esmael Moraes em seu Blog –
Um executivo do mercado financeiro dos Estados Unidos e com conexões com o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e com o ex-assessor da Casa Branca Steve Bannon, pode ganhar um cargo de confiança no Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Com pai brasileiro e mãe norte-americana, Gerald Brant, está cotado para participar dentro do Itamaraty como uma espécie de conselheiro e assessor especial do chanceler Ernesto Araújo, segundo informações publicadas pelo jornal Valor Econômico nesta sexta-feira (5).
Brant é hoje diretor de uma empresa de investimentos em Wall Street, em Nova York, e possui fortes laços com Bannon, ex-assessor do presidente estadunidense Donald Trump e ainda hoje tido como um dos principais líderes da direita conservadora internacional.
De acordo com o jornal, foi Brant quem introduziu Bolsonaro aos círculos de investidores internacionais, ainda na época da campanha eleitoral de 2018. Além disso, ele é amigo do filho mais velho do presidente brasileiro há anos.
Um momento que mostrou a forte proximidade entre Brant, o clã Bolsonaro e Bannon foi o jantar oferecido em março de 2019 ao astrólogo e escritor Olavo de Carvalho, tido como o líder ideológico do bolsonarismo. O evento foi realizado na embaixada brasileira em Washington.
Trump “comunista” disse que EUA teriam 2,5 milhões de mortos por Covid-19 se tivessem agido como Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (5) que seu país poderia ter tido 2,5 milhões de mortos por coronavírus se tivesse agido como o Brasil.
Por causa da declaração do presidente americano, o “gabinete do ódio” bolsonarista não perdeu a chance de rotulá-lo de “comunista” nas redes sociais. O assunto é um dos mais discutidos desta tarde no Twitter.
“Acho que todos acreditam que o mínimo que seríamos atingidos, como eles dizem… Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia, que também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido um milhão, um milhão e meio, talvez dois milhões e meio de vidas ou até mais”, disse Trump.
A fala do presidente americano teve forte impacto nos meios sanitários e político brasileiro. O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) fez questão de registrar:
“Trump acaba de dar uma forte pancada em Bolsonaro! Disse que, se tivesse agido como o Brasil, os EUA chegariam a 2,5 milhões de mortos. Até o aliado de Bolsonaro reconhece a desgraça que é o governo! Bolsonaro envergonha o Brasil. Precisamos voltar a ser um bom exemplo pro mundo”, afirmou o parlamentar socialista.
O Brasil chegou a terceiro país com mais mortes no mundo 79 dias depois do registro da primeira vítima da Covid-19, em 17 de março. O país acumula 34.021 vidas perdidas durante a pandemia e está atrás apenas do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Nesta sexta, são 621.877 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, segundo as secretarias de saúde e o Ministério da Saúde.
Assista ao trecho da fala de Trump:
Trump acaba de dar uma forte pancada em Bolsonaro! Disse que, se tivesse agido como o Brasil, os EUA chegariam a 2,5 milhões de mortos. Até o aliado de Bolsonaro reconhece a desgraça que é o governo! Bolsonaro envergonha o Brasil. Precisamos voltar a ser um bom exemplo pro mundo. pic.twitter.com/UkGDQvHktg
— Alessandro Molon (@alessandromolon) June 5, 2020