Suíça descobre R$113 milhões de Paulo Preto em quatro contas bancárias

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Informações do MP da Suíça a procuradores federais de São Paulo revelam a localização de 35 milhões de francos em contas bancárias cujo beneficiário é o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido pela alcunha de Paulo Preto, apontado como operador dos tucanos José Serra e Aloysio Nunes. 

A dupla em ação: o governador José Serra e Paulo Preto (com o jornal na mão).




Os valores descobertos na Suíça constam de uma investigação, de outubro passado, realizada pela juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara da Justiça Federal em São Paulo.

Documentos enviados ao Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) por autoridades da Suíça mostram que o ex-diretor da estatal paulista Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, tinha 113 milhões de reais distribuídos em contas naquele país.

As informações motivaram a juíza federal Maria Isabel do Prado a determinar, em outubro do ano passado, a quebra do sigilo bancário de Paulo Preto e o bloqueio de valores nas contas suíças. A juíza determinou, também, que sejam repassados os documentos referentes a todas as transações feitas nas contas desde a sua criação, em 2007.

Segundo essas informações, em junho de 2016 as quatro contas bancárias atingiam o saldo conjunto de cerca de 35 milhões de francos suíços, equivalentes a R$ 113 milhões. A bolada estava no banco suíço Bordier & Cie. em nome da offshore panamenha Groupe Nantes S/A. Em fevereiro do ano passado, tais valores, segundo as informações vindas da Suíça, foram transferidos para um banco em Nassau, nas Bahamas.

A juíza disse ver fortes indícios da práticad criminosas, “bem como o enriquecimento injustificado do investigado”, e decidiu na ocasião autorizar uma cooperação internacional com a Suíça, além da quebra do sigilo bancário de Paulo Preto, a fim de obter todas as informações sobre as movimentações bancárias.

Os procuradores também apontaram que segundo, dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), Paulo Preto movimentou quantias superiores a R$ 2,5 milhões entre 2009 e 2010, “revelando patrimônio incompatível com o cargo público ocupado”.

Segundo o que foi divulgado pela imprensa, familiares de Paulo Preto emprestaram, “em caráter pessoal”, 300 mil reais ao hoje chanceler Aloysio Nunes (PSDB-SP). Nunes reconheceu que os valores foram utilizados para quitar o pagamento de um apartamento adquirido pelo tucano em Higienópolis.

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