Por Luiz Antonio Alves de Azevedo, sociólogo, assessor sindical
Depois de demolir um Ministério que existia desde 1930 e fazer uma devassa nos direitos mais elementares da classe trabalhadora, Bolsonaro recria das cinzas o Ministério do Emprego e da Previdência, que nunca deveria ter sido estripado e incorporado ao Ministério do pior ministro da economia de todos os tempos.
A misteriosa criatura já nasce com defeitos genéticos. A iniciativa não passa de uma manobra política para abrigar aliados e colocar um inimigo histórico dos trabalhadores, Onyx Lorenzoni, para destilar todo o seu ódio às entidades sindicais.
Trata-se do famoso demônio cinza, um dos membros do clã demoníaco, um soldado de baixa classe, que serve ao rei dos demônios, uma espécie de pouca importância, uma marionete a serviço do andar de cima. Melhor seria recriar e deixar o atual secretário de trabalho e previdência, Bruno, à frente.
Manobra de fim de governo, realizada como parte das movimentações do pior presidente do Brasil para recolocar-se na disputa eleitoral do próximo ano e lançar mão de medidas eleitoreiras de curto prazo, demonstrando preocupações com emprego, que nunca teve, com direitos trabalhistas e previdenciários que trabalhou intensamente para destruir, e com políticas publicas como o Bolsa Família, que pretende dar uma cara eleitoral para tentar iluminar seu caminho na disputa de 2022.
Renasce das cinzas a serviço de um projeto demoníaco, comandado pelo serviçal demônio cinza para ludibriar mais uma vez o povo brasileiro, como o fez na campanha de 2018 e nestes três anos à frente do governo. Nossa esperança é que este demônio pode ser facilmente derrotado por um trabalho unitário dos seres de bem, dentre os quais se destaca a classe trabalhadora.