O comandante militar do Sudeste, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, discursou em defesa da democracia na última quarta-feira (18). Segundo o ex-chefe de gabinete do general Eduardo Villas Bôas, é papel dos militares respeitar o resultando das urnas, mesmo que ‘não gostem’ do governo eleito. Com informações da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
Por Caroline Stefani, compartilhado de DCM
Durante a cerimônia que homenageou os militares mortos no Haiti, Paiva afirmou que o Brasil enfrenta um “terremoto político” que está “tentando matar a coesão, hierarquia, disciplina e profissionalismo” do Exército e que afeta o “respeito e o orgulho que temos de vestir essa farda”.
“Ser militar é ser profissional, respeitar a hierarquia e a disciplina. É ser coeso, íntegro, ter espírito de corpo e defender a pátria. É ser uma instituição de Estado, apolítica e apartidária. Não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito”, afirmou o general.
O comandante do Sudeste ainda disse que é papel dos militares defenderam a democracia. “Também é o regime do povo. Alternância de poder. É o voto, e quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É essa a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste. Nem sempre a gente gosta, nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel da instituição de Estado, da instituição que respeita os valores da pátria. Somos Estado”, afirmou.