Publicado em Alerta Social –
Os golpistas não estão preocupados com a dimensão humanitária de propiciar acesso à água e alimentos às pessoas e aos animais que vivem na região. Só se importam com sua popularidade.
É inacreditável o descaso do “governo” Temer com os problemas nacionais, principalmente, aqueles que atingem os mais pobres ou as pessoas mais vulneráveis. Não é novidade prá ninguém que a Região Nordeste vive a pior seca dos últimos 100 anos. Esta crise só perde para o período que aconteceu entre 1910 e 1915. Agora, a região vai entrar no sexto ano de estiagem. E qual é a providência que Temer e sua equipe tomam? Fazer uma campanha publicitária!
Apesar do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, reconhecer que algumas cidades podem entrar em colapso pela falta de água para consumo humano, sua pasta acena com as medidas paliativas como carros-pipa – são 6.800 atendendo 3.500 localidades – como informa o Estadão. E, claro, muita propaganda para evitar que Temer seja responsabilizado pela falta d’água. Os golpistas não estão preocupados com a dimensão humanitária de propiciar acesso à água e alimentos às pessoas e aos animais que vivem na região. Só se importam com sua popularidade.
A região semiárida brasileira é a maior do mundo e tem uma área que corresponde a 53% da região Nordeste e abrange 1.133 municípios. Lá vivem cerca de 22 milhões de habitantes. Trata-se de uma região com características que se aproximam da aridez. As razões para isso são várias, escassez de chuva, limitado sistema de armazenamento de água da chuva e também os modos de explorar a terra.
Nos últimos 13 anos, o governo federal deixou de lutar com a condição climática da região e adotou o conceito de “Convivência com o Semiárido”. Um conjunto integrado de ações, programas e políticas públicas estavam sob esse arcabouço, tais como: construção de cisternas para consumo humano e para produção, seguro safra, bancos de sementes, linhas especiais de financiamento do Pronaf, Programa de Aquisição de Alimentos, além dos programas que propiciam a transferência direta de renda, como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada e Aposentadoria Rural. Essas medidas fizeram com que o Brasil se esquecesse dos fenômenos migratórios dos nordestinos, dos saques e de tantas imagens tristes de pessoas famélicas. Em 2013, o Brasil saiu do Mapa da Fome das Nações Unidas como um dos resultados das políticas de acesso à alimentação no Brasil e, especialmente, no Nordeste.
Nesse tema da seca no Nordeste, Temer também demonstra que seu “governo” é uma volta ao passado.
