Publicado em Alerta Social –
O governo golpista mais uma vez não esconde suas intenções, destrói estruturas e políticas públicas que nos últimos anos enfrentaram a pobreza rural, alavancando a produção dos agricultores familiares e dos assentados da reforma agrária.
O Diário Oficial na União traz hoje o decreto nº 8889 com a nova estrutura organizacional Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (SEAD), que substitui o extinto Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A medida extingue 106 cargos. O governo ainda tem 30 dias para indicar de quais coordenações ou departamentos os cargos serão removidos. Para qualquer área ou ministério isso seria dramático, mas o fato se agrava, trata-se de política estratégica de desenvolvimento rural e de combate à pobreza rural.
Com a nova estrututura não existe mais o Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor, que foi fundamental na criação e implementação do Programa de Aquisição de Alimentos, na criação e implantação das compras da agricultura familiar na alimentação escolar e o mesmo em relação ao Programa de Biodiesel. Foi responsável pela criação do Selo da Agricultura Familiar e pela organização da famosa Feira Nacional da Agricultura Familiar. Ajudou na valorização dos produtos da sociobiodiversidade, na construção da política de agroecologia e produção orgânica e executou tantas outras iniciativas voltadas aos produtores e ao fortalecimento das cadeias de produção.
O governo golpista mais uma vez não esconde suas intenções, destrói estruturas e políticas públicas que nos últimos anos enfrentaram a pobreza rural, alavancando a produção dos agricultores familiares e dos assentados da reforma agrária. Foi o investimento em programas como Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, Assistência Técnica e Extensão Rural, Seguro Agrícola, Mais Alimentos que alterou o quadro da agricultura familiar no país. O setor passou a produzir 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.
Para o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel “destruir esse setor econômico significará abrir um imenso mercado para as grandes empresas transnacionais de alimentos e, por consequência, encarecerá o preço dos alimentos.”