Da Redação – Em junho de 2016, duas semanas depois de se sentar indevidamente na cadeira presidencial, o golpista Michel Temer cometeu uma cena para os holofotes, batendo na mesa numa reunião com ministros, e bradando que não ia admitir irregularidades, pois já tinha tratado com bandidos e sabia como fazê-lo. Desde então, o golpista só tem dado motivos para os milhões que foram às ruas exigir o “Fora, Temer”. Pois ele esteve fora o tempo todo de governar o país, de se colocar a frente de tragédias como a que aconteceu no início deste 2017, com a morte de mais de 60 presos, a maioria decapitados, no Amazonas. Temer não deu um pio a respeito do assunto. Se já tratou com bandido, nunca deu detalhes sobre este tratamento. O que se sabe é que nomeou um ministério repleto de denunciados em corrupção.
Se expressou, no entanto, no twitter sobre a chacina de Campinas, onde o técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo matou, no reveillon, sua ex-esposa, o filho de oito anos e mais 10 pessoas, matando-se em seguida. Lacônico, como só permite o twitter pediu mais paz.
Paz só vem com justiça e ao trair a presidenta Dilma Rousseff, conspirando para tirá-la injustamente do poder, Temer só patrocinou a barbárie. Uma coisa puxa a outra e um governo que desrespeita a Constituição estimula que a injustiça tome conta. Seja a injustiça praticada por um presidente golpista, um ministro do STF, um juiz de primeira instância, um promotor, um delegado ou um guarda de esquina.
Temer, que já foi secretário da Segurança (?) Pública de São Paulo sabe muito bem como são depositados os milhões de presos pelo Brasil, muitos deles já com pena cumprida ou com a possibilidade de terem o tempo de prisão transformados em condicional. E sabe que a paz, hipocritamente pedida pelo golpista, só virá com ações quer permitam justiça plena.
Sabe Temer, ou deveria saber, que a justiça plena não rima com desigualdade social. Mas desde que se apoderou da presidência, só tem praticado a luta contra a igualdade social. O golpista agiu contra os projetos sociais empregados nos últimos 13 anos, criou a PEC da Morte, aquela que congela investimentos nas áreas sociais durante 20 anos, desmontou a Petrobras e está entregando o pré-sal de mão beijada para outros países. Pré-sal que, sob o comando da presidenta Dilma previa 75% dos seus lucros para a Educação e 25% para a Saúde.
Para ficarmos somente nestes exemplos, pois haja texto para explicitar tanto desmonte. Só nos resta exigir paz ao golpista Temer. Paz que só virá com a sua renúncia e a restituição da democracia no Brasil.