“Temos que desonerar a carga tributária em quem produz e aumentar em quem não paga imposto ou paga menos do que deve”, diz Vagner Freitas, presidente do CN-SESI

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Com exclusividade, o programa Ponto de Vista, apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (4), entrevistou o presidente do Conselho Nacional do SESI, Vagner Freitas. Desde março de 2023, Vagner está à frente do órgão que regula o Serviço Social da Indústria (SESI).

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Durante a entrevista, Freitas explica que a Reforma Tributária é necessária para que o Estado arrecade fundos e possa devolver à população em forma de políticas públicas que proporcionem melhora da qualidade de vida da sociedade. “Achei extraordinária a realização da primeira parte dela, mas obviamente tem a segunda parte, que é a tributação dos dividendos, não pode ter a tributação da renda, do salário, é a contramão da história. O Brasil em vez de tributar o dividendo, ele tributa o salário, tributa a renda, a produção. A tributação dos dividendos deve vir para aumentar a arrecadação que o Estado tem que ter, para redistribuir em benfeitorias nas áreas sociais, não é só para beneficiar a indústria. Fazendo uma reforma tributária onde todos participem, aumentando a arrecadação, melhora a vida da população, aumenta a massa consumidora, isso ajuda a indústria a produzir mais, e o Brasil a se desenvolver mais”, diz.

O presidente do CN-SESI argumenta que a reforma tributária não tem o objetivo de “punir ou corrigir distorções em um debate ideológico”, assim como o ministro Fernando Haddad defende. “Tem que vir para aumentar a arrecadação, tem que ser eficaz, para aumentar a arrecadação do estado, para que o estado invista corretamente em políticas públicas. Tem que desonerar a carga tributária nos trabalhadores, desonerar a carga tributária em quem produz e aumentar a carga tributária em quem não paga imposto ou paga menos do que deve. Agora ela não é uma disputa em quem vai perder mais, e sim tem que ser uma proposta para que todos ganhem, aumentando o bolo da arrecadação para distribuição de políticas públicas”, afirma.

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Força da indústria reflete na mesa do consumidor

“Se você consegue agregar valor ao produto que você está construindo, faz com que Brasil tenha maior mercado consumidor”, diz Vagner Freitas. O presidente destaca que para ter mais mercado consumidor, é necessário ter uma indústria de maior porte. “Tendo mais mercado consumidor, a indústria vai produzir mais, aí o comércio vende mais, o que faz com que o alimento chegue na mesa do consumidor mais barato. Isso alimenta as crianças que podem ter mais capacidade, bem alimentadas, de aproveitar melhor os ensinamentos que as escolas do SESI em parceria com as escolas públicas podem dar”, diz.

A indústria tem se mostrado bastante esperançosa na política econômica conduzida pelo ministro Haddad, pelo presidente Lula e o ministro Alckmin, ministro da Indústria, segundo Freitas. “Você tem um câmbio relativamente resolvido, tem investimentos com linhas do BNDES para indústria, que pode ser melhor, mas nota-se claramente uma visão desse governo que os instrumentos de crédito público tem que ser voltado para o fortalecimento da indústria, isso é importante, mas agora falta a questão da taxa de juros, a taxa de juro é alta demais e óbvio que nós queremos desenvolver o mercado local”, acrescenta, pontuando que a indústria precisa ter mais condições de competir no mercado internacional, “com as mesmas armas e capacidade que existe em mercados externos”.

“Não podemos aceitar que seja mais simples para um empresário manter o seu dinheiro aplicado nos juros, aplicado nos títulos do governo, temos que estimular que esse empresário empreenda, para isso não pode ser com a taxa de juros desse tamanho”, observa.

“Estamos falando de uma proposta de desenvolvimento para o Brasil, para tirar essa zona de conforto de quem quer apenas aplicar no mercado financeiro. Eu sei que boa parte dos empresários querem aplicar na indústria, principalmente os industriais, câmbio funcionando bem, ministro Haddad estabeleceu uma âncora fiscal importante, que dá credibilidade para investimento interno, segurança jurídica”, completa.

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