Publicado em Brasil 247 –
A jornalista Tereza Cruvinel analisa a composição do governo Bolsonaro e afirma que “Onyx Lorenzoini defende uma forma nova de fisiologismo, que teria o aval do chefe, e é considerada inconstitucional por 9 entre 10 juristas: o governo libera emendas orçamentárias para apoiadores e seus nomes passam a figurar nas placas das obras realizadas com os recursos que empenharam”; para ela, “Vai ficando claro que Bolsonaro vai apenas reinventar o modelo que aponta como responsável pelas mazelas da política, como o fisiologismo e a corrupção”
Em artigo, a jornalista Tereza Cruvinel analisa a constituição do governo Bolsonaro e afirma que, “aos poucos começa a parecer que o ‘toma lá, dá cá’, renegado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, não será banido como ele prometeu, mas reciclado”.
Ela aponta que “Onyx Lorenzoini defende uma forma nova de fisiologismo, que teria o aval do chefe, e é considerada inconstitucional por 9 entre 10 juristas: o governo libera emendas orçamentárias para apoiadores e seus nomes passam a figurar nas placas das obras realizadas com os recursos que empenharam. Isso dá voto”.
“Todo dia tem novidade sobre como será o relacionamento entre Executivo e Legislativo, num quadro de suposto desafio ao presidencialismo de coalizão, o regime em que, desde FHC, o governo é compartilhado pelos partidos que integram sua aliança de apoio”.
Ela salienta: “Vai ficando claro que Bolsonaro vai apenas reinventar o modelo que aponta como responsável pelas mazelas da política, como o fisiologismo e a corrupção”. “E o fará porque, com nosso sistema partidário fragmentado, não há como escapar”.
Cruvinel diz que “a lorota da negociação direta com frentes parlamentares temáticas serviu-lhe para alijar os partidos do primeiro escalão (embora DEM, MDB e PSL lá estejam representados), mas não servirá para governar”.