Por Leandro Fortes, jornalista, Cobra Criada , Facebook
As tragédias se sucedem, mas nem a força simbólica de uma nuvem negra sobre São Paulo parece ser suficiente para conter a marcha da insanidade.
As Forças Armadas parecem, simplesmente, não existir. Assistem, impávidas, a destruição gradual da nação, e não me refiro apenas à queima da Amazônia. A Embraer, orgulho da indústria aeronáutica, foi entregue aos americanos, da mesma maneira que, agora, a Base de Alcântara, no Maranhão, passou a ser um enclave americano em território brasileiro.
Comandado por um desqualificado, o Ministério da Educação está asfixiando as universidades e institutos federais, ao mesmo tempo em que destrói toda a estrutura de financiamento de pesquisas científicas do País.
No Palácio do Planalto, Bolsonaro faz declarações estúpidas em série para uma plateia de jornalistas servil e abúlica, sempre pronta a dar risadas das estultices do presidente.
Reproduzem, duas décadas depois, os repórteres-codornas que seguiam o coronel Antonio Carlos Magalhães pelos corredores do Congresso Nacional, a quem bajulavam, de forma humilhante, em troca de migalhas de informação.
Cada vez mais, arde no peito a sensação de que nossa única chance é uma reação global a tanta destruição.