Do Estadão, publicado em O Dia –
Empresário argentino é um dos investigados no escândalo da Fifa
Estados Unidos – O empresário argentino Alejandro Burzaco, ex-presidente da empresa Torneos Y Competencias, disse nesta terça-feira que a Rede Globo foi uma das empresas que pagaram propinas para vencer a concorrência por direitos de transmissão de competições internacionais, como a Copa América. A declaração foi feita durante depoimento no Tribunal do Brooklin, em Nova York, no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Burzaco foi ouvido como testemunha de acusação no processo. Ele é um dos investigados no escândalo da Fifa e se declarou culpado Além da Copa América, a investigação da Justiça norte-americana também apura corrupção na compra dos direitos da Copa Libertadores e do torneio Copa do Brasil.
Além da Globo, Burzaco também a Fox Sports americana, a Televisa mexicana, a Mediapro espanhola, além da Traffic, empresa do brasileiro J. Hawilla.
“Sobre depoimento ocorrido em Nova York, no julgamento do caso Fifa pela Justiça dos Estados Unidos, o Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina”, disse a nota oficial da Rede Globo, segundo o Estadão.
“Esclarece que após mais de dois anos de investigação não é parte nos processos que correm na Justiça americana. Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos. Por outro lado, o Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas para que tudo seja esclarecido. Para a Globo, isso é uma questão de honra. Não seria diferente, mas é fundamental garantir aos leitores, ouvintes e espectadores do Grupo Globo que o noticiário a respeito será divulgado com a transparência que o jornalismo exige”, continuou a nota da emissora.
Marin está preso desde 27 de maio de 2015. Inicialmente, ficou em uma prisão na Suíça. Transferido para Nova York, cumpre prisão domiciliar em seu apartamento na 5ª Avenida. Ele é acusado de recebimento de propina na negociação dos direitos da Copa do Brasil e da Copa América.
No dos outros tem mais pimenta
Por Carlos Eduardo Alves, Facebook
JN inovou agora ao noticiar a denúncia de que Globo e outros gigantes internacionais de mídia pagaram propinas a dirigentes do futebol para compra de direitos de transmissão. Na abertura, já enfiou um desmentido da emissora. Fez o mesmo durante os 3 minutos e 45 segundos em que relatou a acusação a cartolas, sempre enfatizando que outras empresas internacionais são citadas. E fechou com um alentado “outro lado” de 1 minuto e 16 segundos para reafirmar a inocência da Globo, apelando até para “investigações internas”. Esse 1min é 16 seg representa um latifúndio se comparado aos 5 segundos que normalmente o JN reserva a quem é acusado. Realmente, no dos outros é refresco.