Dos 1.184 acordos analisados pelo Dieese até 9 de março, 73,8% tiveram reajustes acima do INPC. A indústria foi o setor que registrou maior percentual (76,9%) de aumento real
Cmpartilhado da Redação CUT
Os trabalhadores conquistaram aumentos reais de salários, ou seja, acima da inflação, em 73,6% dos 1.184 reajustes analisados até 9 de março pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Outros 19,3% dos acordos resultaram em aumentos iguais ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 7,1% do casos analisados, os reajustes ficaram abaixo da inflação. Até agora, a média das negociações é de 0,88% acima do índice oficial.
“O quadro que começa a ser desenhado para 2023 mostra predominância dos reajustes salariais acima da inflação, em forte contraste com o ocorrido em anos anteriores”, afirma o Dieese em boletim.
A diminuição da taxa de inflação nos últimos meses contribui para melhorar os reajustes dos trabalhadores, de acordo com os técnicos do Dieese. De maio a julho do ano passado era necessário um reajuste em torno de 12% para repor perdas. Para categorias com data-base neste mês é preciso 5,47%.
O boletim revela que, apenas em fevereiro, dos 149 acordos analisados, 69% tiveram ganho real, 23,5% reajustes iguais ao INPC e 7,4% abaixo.
Nos primeiros dois meses de 2023, a indústria foi o setor que registrou mais percentual (76,9%) de acordos com aumento real. Os serviços ficaram em segundo lugar, com 74%, e o comércio, foram 56%.
Com informações do Dieese.