Trabalhadores protestam contra carestia e denunciam governo genocida de Bolsonaro

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Por Carlos Vasconcellos, compartilhado do site do Sindicato dos Bancários e Financiários do RJ – 

Ato das centrais sindicais, em Brasília, respeitou os protocolos de segurança, defendendo emergencial de R$ 600 e vacinação

Ao contrário dos atos públicos realizados pelo presidente Jair Bolsonaro, o protesto simbólico das centrais sindicais realizado nesta quarta-feira, dia 26 de maio, em Brasília, respeitou os protocolos de segurança e evitou aglomerações.

A manifestação, realizada em frente ao Congresso Nacional, teve 600 cestas com alimentos cultivados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), como protesto pela crise econômica gerada pela política econômica do ministro da Economia Paulo Guedes e agravada pelo descaso do governo Jair Bolsonaro em relação à pandemia da Covid-19.




As cestas de alimentos foram doadas à famílias em situação de vulnerabilidade.

Os manifestantes exigiram geração de empregos e o auxílio emergencial de R$600 para as famílias mais pobres, além de vacinação para toda a população.

Aprofundamento da miséria

As centrais entregaram a Agenda Legislativa para a Classe Trabalhadora à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforçou que o ato – que foi simbólico, sem provocar qualquer espécie de aglomeração e seguiu todos os protocolos de distanciamento social e uso de equipamentos de segurança – teve o objetivo de chamar a atenção do povo brasileiro para a realidade do país.

“Queremos chamar a atenção para a questão da fome, da carestia. Famílias inteiras estão dormindo nas calçadas. Isso tinha acabado e não esperávamos que essa situação voltasse , com pessoas, crianças, pedindo ajuda nos faróis e supermercados”, disse o dirigente.

O governo federal, que concedeu R$1,2 trilhão aos bancos logo no começo da pandemia, reduziu para cerca da metade o número de beneficiários do auxílio emergencial e com valores ínfimos de R$ 150 a R$ 375, contra os R$ 600 aprovado pelo Congresso no ano passado, após pressão do movimento sindical.

O presidente da CUT ainda destacou que o objetivo da manifestação não foi provocar aglomerações. “Sabemos a realidade da pandemia. O número de mortos, mais de 450 mil, é uma tragédia e o responsável é Bolsonaro”, afirmou o dirigente no caminhão de som, estacionado na Esplanada dos Ministérios. Faixas, bandeiras e cartazes traziam os slogans “fora, Bolsonaro”, “vacina no braço, comida no prato”, “em defesa do SUS” e “auxílio emergencial de R$ 600”.

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