Trabalhadores protestam em todo o país contra reforma administrativa de Bolsonaro

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Por Carlos Vasconcellos, compartilhado do site do sindicato dos Bancários e Financiários do RJ – 

A pandemia mostrou que defender os serviços públicos e os servidores é defender direitos fundamentais e, em especial, a população mais vulnerável

No Rio, trabalhadores de várias categorias aderiram ao protesto dos servidores públicos contra a reforma administrativa do Governo Bolsonaro
No Rio, trabalhadores de várias categorias aderiram ao protesto dos servidores públicos contra a reforma administrativa do Governo BolsonaroFoto: Nando Neves
Trabalhadores de todo o país aderiram aos protestos dos servidores no Dia Nacional de Lutas contra a reforma administrativa e em defesa dos serviços públicos. As manifestações aconteceram nessa quarta-feira (28) e contou ainda com uma campanha nas redes sociais. A mobilização é uma resposta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, enviada ao Congresso Nacional pelo Governo Bolsonaro. O projeto promove a desestruturação dos serviços públicos, em especial aqueles que atendem a população em seus direitos sociais fundamentais, que são garantidos pela Constituição Federal.

As atividades nacionais foram organizadas pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e incorporada por sindicatos e centrais sindicais em todo o país.

Passeata no Rio




No Rio de Janeiro houve ato público às 11h em frente ao Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe/Uerj). Pela tarde, os docentes das universidades do Estado do Rio de Janeiro (Asduerj SSind.)  e da Federal Fluminense (Aduff SSind.) participaram de uma manifestação unificada com várias outras entidades representativas de trabalhadores e dos movimentos sociais, na praça da Candelária, no Centro, de onde saíram em passeata pela Avenida Rio Branco.

O  vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Paulo Matileti, destacou a importância da sociedade defender os serviços públicos.

“Bolsonaro recuou hoje do decreto de privatização das Unidades Básicas de Saúde, que seria o primeiro passo para o desmonte do SUS, graças à mobilização popular nas ruas e nas redes sociais. Vimos nesta pandemia a importância dos serviços públicos e dos servidores para o Brasil, especialmente para a população mais vulnerável. Instituições como o SUS e os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento econômico e a proteção social em um país tão desigual como o nosso”, explica o sindicalista. Matileti lembra ainda que o fim da estabilidade dos servidores como quer o Ministro da Economia Paulo Guedes representaria a desestruturação completa dos serviços prestados pelo estado brasileiro à população.

“Isto abriria caminho para a perseguição política e mudanças constantes na estrutura do quadro funcional, aumentando as indicações nos governos e facilitando a corrupção”, conclui Matileti.

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